Desafio
Nos últimos anos as áreas periféricas de São Paulo têm atraído novos moradores, mas lutam para gerar um aumento do emprego estável – resultando em distribuição desigual da riqueza e falta de acesso a oportunidades de emprego. Apesar de haver 270 km de rede ferroviária, a falta de integração entre o Metrô e os trens suburbanos desincentiva viagens de trem em favor de ônibus e automóveis, criando assim um congestionamento considerável nas horas de pico, aumentando significativamente o tempo de viagem e contribuindo enormemente para a poluição atmosférica e consumo de combustível. As pessoas de baixa renda da zona urbana enfrentam altas tarifas, transportes excessivamente abarrotados nas horas de pico e viagens longas e inconvenientes de ida e volta do trabalho (2,5 horas/dia) das periferias para os centros urbanos.
Solução
O Projeto Linha 4 do Metrô foi estruturado para atender à necessidade de uma nova infraestrutura de transporte público, ao mesmo tempo protegendo a cidade contra o aumento de custos e subsídios operacionais. Conseguiu-se isso por meio do uso inovador de contratos “chaves na mão” e de concessão ao setor privado. Como vínculo entre o sistema ferroviário suburbano e a rede do Metrô, a área de captação da Linha 4 não se limita aos bairros atendidos diretamente por suas estações, mas também atrai um número significativo de usuários da periferia marginalizada da cidade. Graças à boa conexão entre a Linha 4 e o restante da rede de transporte público e centros de emprego nas partes central e oeste da cidade, 20% das viagens da Linha 4 começam nos distritos periféricos da zona leste de São Paulo, os quais figuram entre as áreas mais pobres. Consequentemente, a Linha 4 é um enorme avanço em matéria de acessibilidade ao emprego, saúde e centros educacionais para moradores das comunidades de baixa renda da periferia de São Paulo.