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Discursos e Transcrições 24 de julho de 2024

Discurso do Presidente do Grupo Banco Mundial, Ajay Banga, na Aliança Global contra a Fome e Pobreza, do G20, no Rio de Janeiro, Brasil

TEXTO FINAL

A pobreza e a fome estão interligadas e são impactadas por muitos desafios que têm consequências de longo alcance se não forem resolvidos.

Por exemplo, privar uma criança de nutrição adequada reduz o potencial de aprendizagem e agrava os problemas de saúde, o que, por sua vez, diminui significativamente [17% ao ano] a renda para o resto da vida.

O que nós sabemos e o Brasil provou, é que isso é totalmente evitável.

A liderança do presidente Lula e da presidência brasileira do G20 para se concentrar na fome, e a criação da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, são um importante passo adiante.

O Grupo Banco Mundial está empenhado nessa luta para ajudar a dimensionar soluções já comprovadas.

Como parte de nosso compromisso com essa iniciativa ‒ e de nossa parceria com o Brasil ‒, anunciamos hoje que o Grupo Banco Mundial será o principal parceiro de conhecimento para a Aliança.

  • Nessa capacidade, geraremos soluções ‒ para a fome para a cesta de políticas da Aliança ‒ e coordenaremos o intercâmbio de conhecimento com o Brasil para o benefício de todos.
  • Isso será complementado por novos diagnósticos que fornecerão percepções sobre a cobertura da fome, pobreza e proteção social em cada país, permitindo que os governos façam escolhas informadas.

O conhecimento tem mais impacto quando combinado com recursos, razão pela qual também disponibilizaremos financiamento da AID para financiar as escolhas dos países a partir da cesta de políticas da Aliança Global. Trata-se de uma parceria natural, uma vez que a AID já é a principal fonte de subsídios e financiamento concessional para combater a pobreza e a fome, e com uma forte reposição podemos fazer ainda mais.

Além disso, a Aliança e a nossa parceria reforçarão o trabalho que já temos em curso.

Nas últimas duas décadas, construímos programas de proteção social que estão ajudando mais de 250 milhões de pessoas a resistir a choques e crises relacionados aos alimentos.

Estamos agora estabelecendo uma nova ambição de trabalhar ao lado de parceiros para apoiar meio bilhão de pessoas até o final de 2030, visando que metade desses beneficiários sejam mulheres. Para atingir esse objetivo, estamos utilizando um sistema digital inovador de transferência de renda que garante que os necessitados recebam recursos diretamente, ao mesmo tempo em que combatemos a corrupção e o desperdício.

Mas nosso trabalho para derrotar a fome também deve visar a causa raiz: a pobreza.

Veja-se, por exemplo, o setor agrícola da África. Existe um vasto potencial para produzir mais alimentos e ajudar a tirar os agricultores da pobreza.

Atualmente, apenas 6% das terras agrícolas são irrigadas, em comparação com 37% na Ásia; e os rendimentos estão um terço abaixo da média devido à adubação insuficiente. Com o investimento focado no fertilizante certo para o solo certo – e irrigação –, podemos ajudar as pessoas a produzir colheitas maiores a partir da mesma terra.

Isso leva a uma melhor produtividade, o que significa mais lucros. E, também, a mais dinheiro para os agricultores gastarem com suas famílias: material escolar, medicamentos e alimentos. Eles também podem reinvestir em sementes e equipamentos de maior qualidade e tolerantes à seca, expandir seus negócios com investimentos do setor privado e compartilhar sua prosperidade com novos funcionários e sua comunidade.

Simplificando: fome e pobreza estão interligadas. Precisamos enfrentá-los e trabalhar duro para livrar nosso mundo de ambos.

O Grupo Banco Mundial está determinado a apresentar resultados e vê esta Aliança como uma pedra angular desse esforço.

Obrigado, presidente Lula e ao governo brasileiro por sua liderança.

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