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COMUNICADO À IMPRENSA28 de abril de 2025

O crime organizado e a violência freiam a América Latina e o Caribe

Washington, 28 de abril de 2025 - O crime organizado e a violência se tornaram um obstáculo central para o desenvolvimento na América Latina e no Caribe, de acordo com o recente Relatório Econômico da América Latina e do Caribe (LACER, na sigla em inglês) do Banco Mundial, lançado hoje.

O relatório intitulado “Crime Organizado e Violência na América Latina e no Caribe” destaca como esses problemas agravam o frágil cenário econômico da região. A projeção é de que a América Latina e o Caribe cresçam 2,1% em 2025 e 2,4% em 2026, posicionando-a como a região de crescimento mais lento do mundo.

A região enfrenta níveis alarmantemente altos de violência letal ligada ao crime organizado. As taxas de vitimização são três vezes maiores do que a média global, e as taxas de homicídio são oito vezes maiores do que a média global.

O relatório descreve vários fatores que contribuem para o aumento do crime organizado, incluindo o aumento da demanda global por produtos ilegais, sanções governamentais que reconfiguraram as redes criminosas e a pandemia da COVID-19, que permitiu que esses grupos solidificassem seu poder em áreas onde a presença do Estado é fraca.

O crime organizado está se proliferando rapidamente na região, transcendendo as fronteiras nacionais e tornando-se uma ameaça generalizada. Essa não é mais uma questão isolada; ela exige um diálogo regional e global para elevar as soluções e mobilizar nossa experiência e recursos coletivos”, disse Carlos Felipe Jaramillo, vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe.

Essa proliferação tem consequências claras para o desenvolvimento. O relatório descreve como ela ameaça a segurança pública, prejudica o crescimento econômico e erode a integridade das instituições públicas. A incerteza em torno dos direitos de propriedade, a extorsão exacerbada e a insegurança generalizada aumentam os custos de transação para as empresas, prejudicando a competitividade. Além disso, o desvio de recursos de segurança pública de serviços essenciais, como saúde e educação, sobrecarrega os países que já estão enfrentando uma dívida alta e desafios fiscais.

O combate ao crime organizado não é apenas uma questão de segurança pública; é uma prioridade de desenvolvimento. Ele prejudica a governança, distorce os investimentos e exacerba a desigualdade. Precisamos enfrentar esse problema de frente para evitar que ele se torne um obstáculo permanente ao crescimento”, disse William Maloney, economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe.

Para enfrentar esses desafios, o relatório defende uma agenda robusta para aumentar a capacidade do Estado contra o crime organizado, incluindo reformas policiais, sistemas prisionais aprimorados e processos judiciais fortalecidos. Instituições bem equipadas são fundamentais para alcançar o crescimento e o desenvolvimento na região.

As políticas econômicas também desempenham um papel fundamental no combate ao crime organizado, promovendo o crescimento e as reformas geradoras de empregos e, ao mesmo tempo, oferecendo opções aos jovens por meio de melhor educação e treinamento. Essas iniciativas aumentam o custo de oportunidade do crime, reduzindo sua oferta de mão de obra.

Por fim, o relatório enfatiza a necessidade de pesquisas de longo prazo para informar as ações do governo, já que a ausência de pesquisas regulares e comparáveis dificulta o desenvolvimento de políticas eficazes.

O relatório está disponível aqui.

 

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