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COMUNICADO À IMPRENSA11 de junho de 2024

Crescimento global estável pela primeira vez em três anos

No entanto, para 80% da população global, o crescimento será mais lento que na década pré-Covid.

WASHINGTON, 11 de junho de 2024 — A expectativa para 2024 é que, pela primeira vez em três anos, a economia global se estabilize, embora num nível considerado baixo com base em padrões históricos recentes. Isso é o que revela o último relatório Perspectivas Econômicas Globais do Banco Mundial.

Segundo projeções, o crescimento global se manterá estável em 2024 (2,6%), antes de atingir uma média de 2,7% em 20252026 — o que está bem abaixo da média de 3,1% registrada na década anterior à Covid-19. Essa previsão significa que, ao longo do período 20242026, os países que representam coletivamente mais de 80% da população e do PIB globais cresceriam a um ritmo mais lento que na década anterior à Covid-19.

Em termos gerais, prevê-se que as economias em desenvolvimento cresçam 4%, em média, entre 2024 e 2025; ou seja, um pouco mais lentamente que em 2023. O crescimento nas economias de renda baixa deve acelerar para 5% em 2024, em comparação com 3,8% em 2023. No entanto, as previsões de crescimento para 2024 refletem as regressões observadas em três de cada quatro economias de renda baixa desde janeiro. Nas economias avançadas, o crescimento deve permanecer estável em 1,5% em 2024, antes de subir para 1,7% em 2025.

“Quatro anos após os transtornos causados pela pandemia, por vários conflitos, pela inflação e pelo arrocho monetário, parece que o crescimento econômico global está se estabilizando”, disse Indermit Gill, economista-chefe e vice-presidente sênior do Grupo Banco Mundial. “No entanto, o crescimento encontra-se em níveis mais baixos que no período anterior a 2020. As perspectivas para as economias mais pobres do mundo são ainda mais preocupantes. Elas enfrentam níveis punitivos de serviço da dívida, possíveis restrições comerciais e eventos climáticos que geram altos custos. As economias em desenvolvimento terão de encontrar formas de incentivar o investimento privado, reduzir a dívida pública e melhorar seus sistemas de educação, saúde e infraestrutura básica. Os países mais pobres — especialmente os 75 elegíveis para assistência concessional da Associação Internacional de Desenvolvimento — não conseguirão fazer isso sem apoio internacional.”

Este ano, a expectativa é que uma em cada quatro economias em desenvolvimento permaneça mais pobre do que era em 2019, às vésperas da pandemia. Essa proporção é duas vezes maior no caso de países afetados por fragilidades e conflitos. Além disso, a disparidade de renda entre as economias em desenvolvimento e as economias avançadas deve aumentar em quase metade dos países em desenvolvimento entre 2020 e 2024: a porcentagem mais elevada desde a década de 1990. Nessas economias, a renda per capita — um importante indicador de padrões de vida — deve crescer 3%, em média, até 2026, o que está bem abaixo da média de 3,8% registrada na década anterior à Covid-19.

A expectativa é que a inflação global recue para 3,5% em 2024 e 2,9% em 2025, mas o ritmo de queda é mais lento do que se previa há apenas seis meses. Como resultado, a expectativa é que muitos bancos centrais mantenham cautela na redução das taxas de juros oficiais. É provável que as taxas de juros globais permaneçam elevadas em comparação aos padrões das últimas décadas — com uma média de cerca de 4% entre 2025 e 2026, aproximadamente o dobro da média de 2000–2019.

“Embora os preços dos alimentos e da energia tenham registrado uma moderação em todo o mundo, o núcleo da inflação ainda está relativamente alto — e pode permanecer assim”, disse Ayhan Kose, economista-chefe adjunto do Banco Mundial e diretor do Grupo de Perspectivas. “Isso poderia levar os bancos centrais das principais economias avançadas a adiar seus cortes nas taxas de juros. Um ambiente com taxas “mais altas durante mais tempo” se traduziria em condições financeiras globais mais restritivas e um crescimento muito mais fraco nas economias em desenvolvimento.”

A edição mais recente do relatório Perspectivas Econômicas Globais também inclui dois capítulos analíticos de grande importância para o momento atual. O primeiro descreve como o investimento público pode ser usado para acelerar o investimento privado e promover o crescimento econômico. Ele conclui que o crescimento do investimento público nas economias em desenvolvimento caiu pela metade desde a crise financeira global, atingindo uma média anual de 5% na última década. No entanto, o investimento público pode ser uma poderosa alavanca para a promoção de políticas públicas. No caso das economias em desenvolvimento com amplo espaço fiscal e práticas eficientes de gestão das despesas públicas, um aumento do investimento público equivalente a 1% do PIB é capaz de aumentar o nível de produção em até 1,6% no médio prazo.

O segundo capítulo analítico explora a razão pela qual os pequenos Estados — aqueles com uma população de até 1,5 milhão de pessoas — padecem de dificuldades fiscais crônicas. Dois quintos das 35 economias em desenvolvimento consideradas pequenos Estados correm um risco elevado de superendividamento ou já enfrentam essa situação. Isso equivale aproximadamente ao dobro da proporção entre as outras economias em desenvolvimento. São necessárias reformas abrangentes para enfrentar os desafios fiscais desses pequenos Estados. É possível aumentar as receitas com uma base tributária mais estável e segura. A eficiência das despesas poderia ser melhorada — especialmente nos setores de saúde, educação e infraestrutura. Poderiam ser adotados marcos fiscais para gerir a frequência mais alta de catástrofes naturais e outros choques. Políticas globais direcionadas e coordenadas também podem ajudar a colocar esses países numa trajetória fiscal mais sustentável.

Faça o download do relatório completo: https://bit.ly/GEP-June-2024-FullReport

Faça o download dos dados de crescimento: https://bit.ly/GEP-June-2024-Data

Faça o download dos gráficos: https://bit.ly/GEP-June-2024-Charts

Perspectivas regionais:

Leste Asiático e Pacífico: O crescimento deve desacelerar para 4,8% em 2024 e 4,2% em 2025. Para mais informações, ver visão geral regional.

Europa e Ásia Central: O crescimento deve cair para 3% em 2024, antes de moderar para 2,9% em 2025. Para mais informações, ver visão geral regional.

América Latina e Caribe: O crescimento deve cair para 1,8% em 2024, antes de subir para 2,7% em 2025. Para mais informações, ver visão geral regional.

Oriente Médio e Norte da África: O crescimento deve subir para 2,8% em 2024 e 4,2% em 2025. Para mais informações, ver visão geral regional.

Sul da Ásia: O crescimento deve desacelerar para 6,2% em 2024 e permanecer estável em 6,2% em 2025. Para mais informações, ver visão geral regional.

África Subsaariana: O crescimento deve subir para 3,5% em 2024 e 3,9% em 2025. Para mais informações, ver visão geral regional.

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COMUNICADO À IMPRENSA Nº 2024/084/DEC

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