WASHINGTON, 2 de Outubro, 2019—O Grupo Banco Mundial aprovou esta semana a quantia total de US$220 milhões em financiamentos da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA-AID)* e US$60 milhões do Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD)** para reforçar os sistemas de saúde e apoiar a vigilância contínua de doenças na África Central. Este é o quarto projeto sob a alçada do Programa Regional de Melhoramento dos Sistemas de Vigilância contínua de doenças (REDISSE).
O programa REDISSE é multissetorial e tem como objetivo reforçar a capacidade nacional e regional de lidar com as ameaças de doenças para os humanos, animais e interface ambiental que é a fonte mais conhecida das epidemias e novos patógenos. "Tem em consideração as falhas e fraquezas nos sistemas de vigilância, preparação e de resposta a doenças em todos os países participantes [Angola, Chade, República Central Africana, República Democrática Congo, e República do Congo] e apoia os esforços dos países para aumentar a resiliência dos sistemas de saúde dos animais e humanos para melhor evitar e controlar os surtos de doenças infecto-contagiosas”, disse Jean-Christophe Carret, Diretor do Banco Mundial para a República Democrática do Congo, República do Congo, República Central Africana e Burundi.
O novo projeto irá proporcionar uma plataforma para a harmonização de políticas e regulamentação de elevado nível com uma abordagem intersectorial destinada a melhorar a cooperação e a coordenação da vigilância das doenças e a preparação para as epidemias na África Central. Mais especificamente, irá reforçar as capacidades dos sistemas de saúde público humano e veterinário dos países participantes. Foi igualmente concebido para proporcionar um financiamento rápido para fazer face a surtos de doenças e outras emergências sanitárias, caso seja necessário.
O REDISSE 4 complementa outras iniciativas financiadas pelo Banco Mundial para reforçar os sistemas de saúde e a segurança sanitária e a preparação para pandemias em África: "Estamos felizes em expandir o programa REDISSE para a África Central, onde a República Democrática do Congo está atualmente a travar uma batalha prolongada contra o segundo maior surto de ébola da história e os países vizinhos estão a aumentar a capacidade de vigilância e de resposta para reduzir o risco de transmissão transfronteiriça", disse Deborah Wetzel, diretora do Banco Mundial para a Integração Regional da África, Médio Oriente e Norte de África. "O novo projeto está alinhado com a nossa estratégia de promover ações coletivas para abordar os riscos de fragilidade. O nosso apoio irá ajudar os governos beneficiários a combater algumas das piores doenças e a salvar vidas", acrescentou.
Com a aprovação do REDISSE 4, o Programa REDISSE representa agora um investimento significativo de US$662 milhões do Grupo Banco Mundial para apoiar a vigilância de doenças, o diagnóstico, o desenvolvimento de recursos humanos e a capacidade dos sistemas de resposta a emergências. Através do REDISSE 4, Angola irá receber US$60 milhões em financiamento, o Chade irá receber US$30 milhões, a República Central-Africana US$15 milhões, a RDC US$150 milhões e a República do Congo US$15 milhões. O Programa também está a fornecer US$10 milhões para o Secretariado da Comunidade Económica dos Estados da África Central (ECCAS), que irá alojar a entidade executora do projeto.
* A Associação Internacional de Desenvolvimento (AID) do Banco Mundial, criada em 1960, ajuda os países mais pobres do mundo através de doações e empréstimos com juros baixos ou sem juros para projetos e programas que impulsionam o crescimento económico, reduzem a pobreza e melhoram a vida das pessoas pobres. A AID é uma das maiores fontes de assistência aos 76 países mais pobres do mundo, 39 dos quais se situam em África. Os recursos da IDA trazem uma mudança positiva para 1,6 mil milhões de pessoas que vivem nos países cobertos pela da AID. Desde 1960, a AID tem apoiado trabalhos relacionados como o desenvolvimento em 113 países. Os compromissos anuais atingiram em média cerca de US$21 mil milhões nos últimos três anos, com cerca de 61 porcento a ir para África.