WASHINGTON, 19 de julho de 2019 — O Grupo Banco Mundial mobilizou mais de US$ 14,4 bilhões em empréstimos e garantias para apoiar o desenvolvimento sustentável e a redução da pobreza na América Latina e no Caribe no ano fiscal de 2019 (1º julho de 2018 a 30 de junho deste ano). Esse montante inclui o valor acumulado de US$ 6,4 bilhões do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA, na sigla em inglês), costumeiramente chamados de Banco Mundial; o valor-recorde de US$ 6,2 bilhões da Internacional Finance Corporation (IFC) para promover o desenvolvimento sustentável liderado pelo setor privado; e quase US$ 1,8 bilhão em garantias da Agência Multilateral de Garantia de Investimentos (MIGA, na sigla em inglês).
“Temos uma prioridade absoluta na América Latina e no Caribe: eliminar a pobreza e melhorar a vida das pessoas da região”, afirmou Axel van Trotsenburg, Vice-Presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe (ALC). “Isso significa que precisamos construir as bases do crescimento econômico inclusivo, investir nas pessoas e construir resiliência. Apoiamos os países parceiros para que atinjam seus objetivos por meio de um programa de financiamento multibilionário, assistência técnica, bem como serviços analíticos e de consultoria. Nesse contexto, nosso programa de crédito saltou mais de 40% no último ano fiscal”.
O Banco Mundial forneceu apoio financeiro para cerca de 40 novos projetos durante o ano fiscal passado. Esses projetos tiveram como foco políticas e reformas econômicas, inclusão social, mudança climática e desenvolvimento do capital humano. Exemplos de empréstimos do Banco Mundial incluem o Projeto de Expansão do Financiamento Rural no México, que ajudou a levar o sistema financeiro para regiões onde a presença de bancos tradicionais era fraca ou inexistente, fornecendo mais de 150.000 empréstimos e ampliando o crédito para empresas rurais de menor porte, com foco nas mulheres e em áreas marginalizadas; o Projeto Linha Um do Metrô de Quito, no Equador, em colaboração com outros bancos multilaterais de desenvolvimento; uma operação de US$ 750 milhões para a Colômbia, apoiando as agendas de sustentabilidade fiscal e competitividade, incluindo políticas de atenção à crise migratória; e US$ 27 milhões para ajudar a ilha de Dominica a se recuperar do furacão Maria, que danificou 75% de sua rede elétrica, com a construção de uma usina de energia geotérmica de sete megawatts.
Os empréstimos da IFC para a região aumentaram 26% no ano fiscal passado, com foco no financiamento de projetos inovadores favoráveis ao clima (climate-friendly) e na promoção da inclusão financeira – especialmente para as pequenas e médias empresas (PMEs), muitas delas dirigidas por mulheres, que ainda enfrentam dificuldades em conseguir empréstimos para ampliar seus negócios.
Alguns exemplos de empréstimos da IFC incluem o financiamento para o desenvolvimento, a construção e a operação de uma usina termelétrica integrada de gás natural liquefeito (GNL) em Porto de Açu, no Estado do Rio de Janeiro, que apoiará a diversificação da matriz energética do Brasil, aumentando a resiliência do sistema, promovendo a segurança energética e contribuindo para uma energia confiável e acessível; a expansão das Clinicas del Azucar no México, uma rede de clínicas especializadas em diabetes (o México tem uma das mais altas incidências de diabetes no mundo, com opções limitadas de tratamento); e o suporte financeiro a uma instituição de microfinanciamento no Haiti, em apoio a pequenas e médias empresas (PMEs), ao agronegócio e à criação de empregos.
“Nos últimos 12 meses, intensificamos os nossos esforços para ajudar o setor privado da América Latina e do Caribe a executar novos projetos para solucionar alguns dos maiores desafios de desenvolvimento da região”, afirmou Georgina Baker, Vice-Presidente da IFC para a América Latina e o Caribe. “Estamos trabalhando em estreita colaboração com o setor privado da região para ajudar a mitigar a mudança climática, criar mais empregos, moradias mais acessíveis, melhores opções de transporte e cidades mais habitáveis”.
As garantias da MIGA também aumentaram 11% em relação a 2018. A MIGA é a maior prestadora multilateral de seguros contra riscos políticos, com a missão de incentivar o desenvolvimento e ajudar a canalizar o investimento estrangeiro direto para os países em desenvolvimento. Um exemplo da atuação da MIGA na região é o parque eólico Vientos Los Hercules, na Argentina; a cobertura da MIGA mobilizou os investimentos da Mitsui & Co. para o projeto de energia renovável de 97,2 MW.
“Preparar a região para melhor se adaptar à mudança climática e ajudar o setor financeiro a expandir o crédito são áreas prioritárias para a MIGA”, disse S. Vijay Iyer, Vice-Presidente e Diretor de Operações da MIGA. “Continuaremos trabalhando com clientes e governos, nestas e em outras áreas, ajudando a produzir resultados que tenham um impacto tangível sobre o desenvolvimento.”
Os empréstimos do Banco Mundial (BIRD e IDA) aumentaram em cerca de um terço em relação ao ano anterior. Ao todo, mais de 200 projetos na região - a maioria com foco em reformas políticas e econômicas, inclusão, mudanças climáticas e desenvolvimento do capital humano - receberam apoio do BIRD e da IDA.
Os robustos resultados do último ano fiscal são um testemunho do profundo engajamento do Grupo Banco Mundial na América Latina e no Caribe. O Grupo Banco Mundial continuará a trabalhar em estreita colaboração com os governos, o setor privado e a sociedade civil para promover o crescimento inclusivo e ajudar na criação de mais empregos e oportunidades para toda a região.