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Factsheet27 de junho de 2024

Digitalização Inclusiva Na África Oriental E Austral (IDEA): Angola

O que é o programa de Digitalização Inclusiva na África Oriental e Austral (IDEA)?

O programa de Digitalização Inclusiva na África Oriental e Austral (IDEA) irá aumentar o acesso à Internet e a utilização inclusiva de serviços digitais.  Com um financiamento de 2,48 mil milhões de dólares da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA) e do Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BIRD), o IDEA pretende reunir 15 países e Comunidades Económicas Regionais para enfrentarem desafios como a cobertura limitada da Internet, infra-estruturas de dados inadequadas, acessibilidade dos dados e dispositivos, competências digitais limitadas, riscos de cibersegurança e proteção de dados. O IDEA contribuirá para o crescimento económico sustentável através de poupanças de custos a longo prazo, eficiência e ganhos de produtividade, impulsionados por uma maior adoção digital por parte dos cidadãos, empresas e governos em toda a região.

O IDEA será implementado em fases ao longo de oito anos, com Angola, a República Democrática do Congo e o Malawi a participarem na primeira fase. Espera-se que outros países e organismos regionais adiram nas fases subsequentes com base na sua elegibilidade e preparação. O Mercado Comum da África Oriental e Austral (COMESA) liderará a coordenação regional do Programa IDEA.


“Um dos nossos próximos desafios para o grande salto qualitativo, no que respeita à modernização da Administração Pública, é garantir a interoperabilidade entre as bases de dados e o sistema tecnológico existente nos vários departamentos ministeriais e serviços públicos.”

Adão de Almeida
Ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República de Angola


O que é que o programa vai fazer em Angola?

O Projeto de Aceleração Digital de Angola, no âmbito do IDEA, visa acelerar a inclusão digital, aumentar o acesso a serviços digitais e desencadear oportunidades digitais para o avanço da economia digital de Angola.

O empréstimo de 300 milhões de dólares financiado pelo BIRD será implementado e coordenado pelo Instituto de Modernização Administrativa, que também está a supervisionar a agenda da transformação digital do governo. em parceria com outras instituições do sector. Espera-se também que o projecto venha a mobilizar cerca de 80 milhões de dólares em investimentos do sector privado..


"O crescimento de uma economia digital vibrante é essencial para que Angola possa continuar a diversificar sua economia, para beneficiar todas as partes da sociedade. O país reconhece a necessidade de acelerar a adoção de infra-estruturas e serviços digitais e o Banco Mundial tem o prazer de apoiar esta prioridade de desenvolvimento."

Juan Carlos Alvarez
Representante do Banco Mundial em Angola


O projeto está estruturado em torno de três componentes técnicas:

  • Conectividade e inclusão de banda larga a preços acessíveis. Esta componente centrar-se-á no aumento do acesso a serviços de Internet de qualidade e a preços acessíveis e na criação de espaços comunitários digitais, como laboratórios de informática e programas de literacia digital para os utilizadores principiantes de dispositivos e serviços digitais.
  • Ampliação de infra-estruturas públicas digitais inclusivas e seguras. Esta componente centrar-se-á no despoletar da inovação no governo e no sector privado, para que os cidadãos possam aceder mais facilmente aos serviços públicos e privados na Internet. Irá construir a Infraestrutura Pública Digital de Angola para criar o quadro e o ambiente propício ao crescimento da economia digital do país.
  • Utilização digital produtiva para oportunidades económicas. Esta componente do projeto criará mais oportunidades para os angolanos, alavancando os benefícios económicos de estar online e apoiando os seus esforços empresariais, bem como impulsionando a adoção de competências digitais. Além disso, as actividades apoiarão o desenvolvimento de empresas e empreendedores digitais, incluindo iniciativas de negócios já existentes com potencial para adoção digital.

Quem será beneficiado?

Prevê-se que o projeto chegue a mais de 13 milhões de pessoas em Angola, em particular mulheres, pessoas portadoras de deficiência e pessoas em áreas de baixa renda. Os cidadãos e as empresas das zonas periurbanas e rurais mal servidas pela economia digital beneficiarão de um maior acesso a uma Internet de qualidade e a preços acessíveis. Poderão também tirar partido da identificação digital para aceder a serviços públicos e privados num mercado digital mais seguro, graças à existência de instituições e estruturas sólidas de cibersegurança e proteção de dados. Além disso, os funcionários públicos e os empreendedores digitais beneficiarão de uma melhoria das competências e da atualização das competências, bem como de apoio que lhes permita tirar partido das soluções digitais de forma produtiva.