Axel van Trotsenburg (@AxelVT_WB) é o Diretor Executivo Sénior do Banco Mundial (SMD), responsável pela Política de Desenvolvimento e Parcerias.
De nacionalidade holandesa-austríaca, dirige os principais trabalhos do Banco Mundial no domínio do desenvolvimento, que são captados pelos grupos de práticas globais do Banco – incluindo crescimento justo, finanças e instituições; desenvolvimento humano; infraestruturas; e desenvolvimento sustentável – e assegura a sua integração nas operações, com especial destaque para as questões relacionadas com as alterações climáticas, a fragilidade, o capital humano e a sustentabilidade da dívida.
É atualmente colíder do Roteiro para a Evolução que tem como objetivo aumentar o âmbito e o impacto das operações do Banco Mundial e incorporar sistematicamente as questões relacionadas com a sustentabilidade, a resiliência e a inclusão nos trabalhos do Banco em matéria de redução da pobreza e de promoção da prosperidade partilhada.
Este esforço de reforma visa consolidar o papel essencial do Banco Mundial enquanto banco de conhecimentos sobre o desenvolvimento e aumentar a sua ação em relação a desafios globais como as alterações climáticas, a fragilidade e a saúde, intensificando simultaneamente a mobilização e a facilitação dos fluxos de capitais privados em colaboração com as vertentes do sector privado do Grupo Banco Mundial.
Axel supervisiona as numerosas parcerias do Banco, nomeadamente com as Nações Unidas, as instituições financeiras internacionais (IFI) e os parceiros bilaterais. Além disso, ele copreside ao reabastecimento da Associação Internacional de Desenvolvimento (AID) e representa o Banco nas reuniões do G7 e do G20. Lidera também os trabalhos do Banco no contexto das Convenções Anuais das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP).
Como SMD, está concentrado na mobilização de conhecimentos, talentos, parcerias e comunicações para aumentar o impacto do Banco a nível mundial e nos países seus clientes.
Antes de assumir estas novas funções, van Trotsenburg foi Diretor de Operações durante 3,5 anos, de outubro de 2019 a abril de 2023 e supervisionou todas as operações executadas pelo Banco a nível mundial através das suas 140 delegações nacionais. Era responsável pela execução do programa do Banco Mundial que incluía uma carteira de projetos em curso no valor de mais de US$304 mil milhões em empréstimos, subvenções, créditos e fundos fiduciários, e um programa anual de empréstimos e de apoio financeiro que rondava, em média, em US$ 70 mil milhões por ano.
Durante o seu mandato como DMO, supervisionou o grande aumento da assistência financeira, especialmente durante a crise da COVID-19 e outras crises mundiais, incluindo as alterações climáticas, que atingiu cerca de US$225 mil milhões. De forma notável, durante este período, o financiamento para as alterações climáticas duplicou para US$29 mil milhões, enquanto os financiamentos para a saúde e para situações de fragilidade triplicaram para US$9 mil milhões e UD$16 mil milhões, respetivamente.
Van Trotsenburg tem no seu ativo uma profunda experiência em operações e finanças regionais, com base em sua atuação como executivo do Banco ao nível de vice-presidente executivo com o mais longo mandato, com dois mandatos na direção financeira e dois na direção operacional. No ano anterior a assumir o cargo de MDO, foi, em momentos distintos, CFO interino do Banco Mundial e CEO interino do Banco Mundial, desempenhando estas funções em simultâneo com as suas funções de vice-presidente.
Van Trotsenburg tem uma vasta experiência na mobilização de recursos financeiros para o desenvolvimento. Como Vice-Presidente para o Financiamento do Desenvolvimento em 2016-2019, foi responsável pelo reabastecimento e gestão da Associação Internacional de Desenvolvimento (AID), a maior fonte de financiamento concessional para os países mais pobres do mundo. Tem sido um forte defensor da AID, liderando e negociando os ciclos AID16 e AID18, e presidindo a IDA20, que em conjunto mobilizaram um montante recorde de US$293 mil milhões para ajudar as populações pobres do mundo – incluindo US$93 mil milhões para a AID20; US$75 mil milhões em 2016 para a AID18; e US$50 mil milhões em 2010 para a AID16.
Sob a sua liderança, a AID aumentou pela primeira vez o seu capital próprio, combinando as contribuições dos doadores com recursos internos e fundos obtidos nos mercados de dívida, aumentando simultaneamente as suas operações em África, que representam atualmente cerca de 70% do apoio total da AID, contra 15% em 2000.
Van Trotsenburg também supervisionou as finanças corporativas do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD). Foi colíder dos trabalhos do GBM para obter um aumento de capital que resultou no endosso pelos acionistas de um pacote transformador em abril de 2018, incluindo um aumento do capital do BIRD em US$60 mil milhões. Também foi duas vezes copresidente das negociações de reabastecimento para o Fundo Global para o Meio Ambiente – GEF5 e GEF7 – e foi responsável por uma carteira de fundos fiduciários de vários milhares de milhões de dólares.
Além da sua experiência na gestão das finanças do Banco Mundial, van Trotsenburg exerceu numerosas funções em operações nacionais e programas regionais. Foi vice-presidente para a região da América Latina e das Caraíbas em 2019; vice-presidente para a região da Ásia Oriental e do Pacífico de 2013 a 2016; Diretor Nacional para a Colômbia e o México de julho de 2007 a julho de 2009; e Diretor Nacional para a Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai de 2002 a julho de 2007. Trabalhou também como Economista Sénior para a Costa do Marfim e Economista para a Guatemala.
Van Trotsenburg foi um gestor sénior e o arquiteto da Iniciativa para Países Pobres Altamente Endividados (PPAE), o maior e mais abrangente programa de alívio da dívida para os países pobres. Nessa qualidade, foi responsável, com os seus homólogos do FMI, pela conceção do quadro de alívio da dívida, bem como pela entrega de pacotes de alívio da dívida de cerca de US$30 mil milhões a 20 países.
Ingressou no Banco Mundial como um jovem profissional em 1988. Antes de ingressar no Banco Mundial, van Trotsenburg trabalhou na OCDE em Paris. Tem um mestrado e um doutoramento em economia e um mestrado em assuntos internacionais. É casado e tem dois filhos adultos.
