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COMUNICADO À IMPRENSA2 de junho de 2022

Chefes de Estado da América Latina e do Caribe e organizações internacionais pedem compromisso para a recuperação da aprendizagem na região

Estudantes da América Latina e do Caribe perderam entre 1 e 1,8 ano de aprendizado durante a pandemia

CIDADE DO PANAMÁ/SANTIAGO/WASHINGTON D.C., 2 de junho de 2022 – A perda significativa de aprendizado durante o fechamento das escolas devido à Covid-19 na América Latina e no Caribe coloca milhões de crianças em risco de abandonar os estudos, alertaram hoje Banco Mundial, Diálogo Interamericano, UNESCO e UNICEF, em um evento online conjunto.

Os chefes de estado de Argentina, Chile, Equador e Honduras participaram do evento, compartilhando seus esforços nacionais de recuperação do aprendizado e convidando outros líderes a se juntarem a eles.

Os alunos da região viveram alguns dos fechamentos de escolas pela Covid-19 mais longos e ininterruptos do mundo. Mais de dois anos desde o começo da pandemia, nem todos os alunos da América Latina e do Caribe estão de volta às salas de aula. E, apesar dos esforços significativos feitos pelos países da região, as crianças que voltaram à escola ficaram, em média, entre 1 e 1,8 ano atrás, segundo novas estimativas do Banco Mundial.

A crise educacional que afeta a região não tem precedentes. Se não agirmos agora para recuperar as perdas de aprendizado, uma geração inteira de crianças e jovens será menos produtiva no futuro e terá menos oportunidades de progresso e bem-estar”, disse Carlos Felipe Jaramillo, vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e Caribe. “De acordo com nossas estimativas, os alunos de hoje podem ver seus ganhos ao longo da vida diminuírem em até 12%. É tempo de agir, para evitar estas perdas, para apoiar o futuro da próxima geração”.

No evento “Minha educação, Nosso Futuro”, o Banco Mundial, o Diálogo Interamericano, a UNESCO e o UNICEF pediram ações urgentes e coordenadas, em escala, para colocar toda uma geração de crianças de volta à escola. As quatro organizações apresentaram um “Chamado por um compromisso com a recuperação da educação na América Latina e no Caribe”, que estabelece quatro compromissos principais:

  • Colocar a recuperação da educação no topo da agenda pública.
  • Reintegrar todas as crianças que abandonaram a escola e garantir que permaneçam nela.
  • Recuperar o aprendizado perdido e garantir o bem-estar socioemocional das crianças.
  • Valorizar, apoiar e treinar professores.

“Hoje pedimos urgentemente a todos os países da América Latina e do Caribe que se comprometam com a recuperação e transformação de seus sistemas educacionais”, disse Claudia Uribe, diretora do Escritório Regional de Educação na América Latina e no Caribe (OREALC/UNESCO Santiago). “A perda de aprendizado e bem-estar que milhões de crianças e jovens sofreram durante a pandemia coloca em risco seu futuro e sua esperança. Não há tempo a perder para tomar todas as medidas necessárias para reparar esse dano e evitar que suas consequências tornando-se permanente ou irreparável”.

Ariel Fiszbein, diretor do Programa de Educação do Diálogo Interamericano, observou que “o fechamento de escolas teve consequências muito sérias nas trajetórias educacionais, na aprendizagem e no bem-estar emocional dos alunos, e que haverá efeitos de longo prazo não apenas na educação, mas também nos níveis de produtividade dos países e nas perspectivas de emprego”. No entanto, ele também reconheceu que a pandemia produziu lições importantes sobre como melhorar as práticas de ensino e que há oportunidades para desenvolver as que estão em andamento.

Ao encerrar o evento, Jean Gough, diretora regional do UNICEF para a América Latina e o Caribe, exortou todos os países da região a transformar seus compromissos em ações.

“Enquanto muitas escolas já reabriram suas portas, a crise de aprendizagem na América Latina e no Caribe está longe de terminar; é apenas menos visível do que antes”, disse Jean Gough. “Não são apenas alguns alunos, mas milhões em risco de ficar para trás. Programas de recuperação de aprendizado em pequena escala não serão suficientes. Para enfrentar a crise, precisamos desenvolver e implementar sistemas de recuperação de aprendizagem em larga escala. Podemos investir agora ou deixar uma geração inteira para trás. A escolha é nossa”.

Notas aos editores:

Assista ao evento completo “Minha educação, Nosso Futuro” às 12h EST, no dia 2 de junho de 2022, aqui.

Leia o texto completo do “Chamado por um compromisso com a recuperação da educação na América Latina e no Caribe” aqui.

Veja as mensagens dos chefes de estado aqui:

  • Presidente Gabriel Boric, do Chile
  • Presidente Xiomara Castro, de Honduras
  • Presidente Alberto Fernández, da Argentina
  • Presidente Guillermo Lasso, do Equador

Acompanhe a conversa nas redes sociais via #MiEducaciónNuestroFuturo (#MyEducationOurFuture).

Para mais informações, por favor entre em contato:

Banco Mundial

Ruth Gonzalez Llamas, Senior External Affairs Officer, +12026744026, rgonzalezllamas@worldbank.org

Yuri Szabo, External Affairs Officer, +12029485341yszaboyamashita@worldbankgroup.org

Diálogo Interamericano

Kate Blansett, Coordinator, Development & External Relations, +12024632931, kblansett@thedialogue.org

UNESCO
Oficina Regional de Educação para América Latina e Caribe (OREALC/UNESCO Santiago)

Carolina Jerez Henríquez, Knowledge Management, +56992890175, c.jerez@unesco.org

UNICEF

Laurent Duvillier, Chief of Communication, UNICEF Latin America and Caribbean Regional Office, +507-6169-9886, lduvillier@unicef.org

Carolyn McCaffrey, Communication Specialist, UNICEF Latin America and Caribbean Regional Office, +507-6587-2243, camccaffrey@unicef.org

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