WASHINGTON, 30 de Março de 2022—O Conselho de Administração do Banco Mundial aprovou um financiamento de 300 milhões de dólares para apoiar o Governo de Angola a melhorar o abastecimento de água e reforçar a gestão dos recursos hídricos para uma maior resiliência climática em áreas seleccionadas do país.
As alterações climáticas ameaçam a segurança da água e os meios de subsistência em Angola. O elevado grau de exposição do país a eventos climáticos extremos ameaça ainda mais a sua estabilidade económica e a segurança e bem-estar da sua população. A seca mais recente que atingiu o país entre Novembro de 2020 e Janeiro de 2021 foi registada como sendo a pior seca dos últimos 40 anos.
O Projecto de Resiliência Climática e Segurança da Água em Angola ou RECLIMA irá financiar investimentos físicos em áreas urbanas e rurais, bem como actividades de desenvolvimento institucional para aumentar a segurança da água e ajudar a gerir os efeitos climáticos extremos, desde o nível nacional e da bacia até ao nível municipal. O projecto será implementado nas províncias do Zaire, Benguela, Huila, Kwanza sul, Cuando Cubango, Cunene, Namibe e Luanda, beneficiando cerca de 1,2 milhões de pessoas.
"As alterações climáticas são uma realidade que já não pode ser ignorada, e Angola é um dos países da região que mais sofre com as suas consequências. O Banco Mundial tem o prazer de apoiar Angola, pondo em prática medidas de adaptação sustentáveis que atenuem o impacto das alterações climáticas nas pessoas e nos seus meios de subsistência", disse Jean-Christophe Carret, Director Nacional do Banco Mundial para Angola.
O projecto RECLIMA tem três componentes. A primeira componente inclui a reabilitação e expansão dos serviços de abastecimento de água em áreas urbanas e peri-urbanas, bem como a manutenção e reparação dos sistemas de abastecimento de água rurais. A segunda componente irá apoiar províncias seleccionadas e os seus municípios com investimentos no desenvolvimento de recursos hídricos que incluem investimentos em infra-estruturas a nível comunitário para aumentar o acesso fiável aos recursos hídricos através da reabilitação e construção de represas de areia, cisternas, pequenos reservatórios, abastecimento de água canalizada, furos, poços protegidos e medidas de conservação do solo e da água em bacias hidrográficas seleccionadas. A terceira componente consiste em apoiar a gestão de projectos e a coordenação interinstitucional.
A RECLIMA será co-financiada pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) através de um empréstimo denominado em euros, equivalente a 150 milhões de dólares.