WASHINGTON, 3 de agosto de 2021 - Em resposta à pandemia de COVID-19, que trouxe sério prejuízo à vida e aos meios de subsistência de milhões de pessoas na América Latina e Caribe, o Grupo Banco Mundial alocou o montante recorde de US$ 29,1 bilhões para a região entre o início da crise (1º de abril de 2020) e o fim do ano fiscal de 2021 para combater os impactos sociais, econômicos e de saúde da pandemia e para apoiar a resposta da região a desafios como furacões e migração. Trata-se da maior resposta a uma crise em toda a história do Grupo Banco Mundial.
Os compromissos e mobilizações do Grupo Banco Mundial durante este período incluíram o montante agregado de US$ 14,5 bilhões do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA, International Development Association), normalmente conhecidos como “Banco Mundial”, US$ 10,8 bilhões da Corporação Financeira Internacional (IFC, International Finance Corporation) para promover o desenvolvimento sustentável liderado pelo setor privado e US$ 3,8 bilhões em garantias da Agência Multilateral de Garantia de Investimentos (MIGA, Multilateral Investment Guarantee Agency).
“A região da América Latina e Caribe foi a mais atingida pela pandemia de COVID-19, contabilizando 20% dos casos e um terço das mortes globais. As altas taxas de infecção e a forte contração do crescimento tiveram impactos sociais e econômicos devastadores”, afirmou Carlos Felipe Jaramillo, Vice-Presidente do Banco Mundial para a América Latina e Caribe (ALC). “Desde que a pandemia começou, nós agimos rapidamente para oferecer um grande volume de novos recursos para ajudar os países a enfrentarem a crise e cuidarem dos segmentos mais vulneráveis de suas populações.”
Neste ano fiscal, o financiamento e a expertise do Banco Mundial tiveram como foco a proteção social, emergências de saúde, testes, vacinas e o fortalecimento de sistemas nacionais de saúde, além da alocação de um volume recorde de financiamento de curto prazo nos primeiros meses da pandemia para ajudar a manter o funcionamento do setor privado.
A IFC - o braço do Grupo Banco Mundial voltado para o setor privado - se comprometeu a alocar US$ 10,8 bilhões para a América Latina e Caribe, incluindo mobilização (US$ 5 bilhões) e financiamento de curto prazo (US$ 2 bilhões), em reposta ao aumento da demanda por financiamento acelerado para a indústria, o agronegócio e o setor de serviços, além de apoio contínuo ao setor financeiro e ações bem-sucedidas de formação de Parcerias Público-Privadas (PPPs) na região. Desde que iniciou sua resposta à COVID-19 em abril de 2020, a IFC alocou cerca de US$ 3,2 bilhões em apoio à liquidez na região, ajudando a ampliar os empréstimos para as MPMEs continuarem funcionando; também trabalhou com instituições financeiras para promover o financiamento verde e apoiou o agronegócio voltado para a exportação na região.
“A IFC tomou a frente e ofereceu soluções inovadoras para apoiar os setores gravemente afetados pela pandemia, com o objetivo de ajudar as empresas a preservarem os empregos e garantir o acesso das MPMEs ao financiamento," disse Georgina Baker, Vice-Presidente da IFC para a América Latina e Caribe, Europa e Ásia Central. “Também continuamos abrindo novos caminhos para tornar o sistema financeiro da região mais verde e promover maior inclusão financeira das mulheres”, ela acrescentou.
Quase 40% dos investimentos de conta própria da IFC no último exercício fiscal visavam financiar soluções com inteligência climática (climate-smart). Um dos primeiros empréstimos da IFC vinculados à sustentabilidade foi para a Corsan, prestadora de serviços de água e saneamento no Brasil, para reduzir as perdas de água no sistema de distribuição e aumentar a eficiência energética de suas operações. Além disso, cerca de US$ 1 bilhão foi alocado para promover a inclusão financeira das mulheres, representando 66% de todos os compromissos da IFC nessa área durante o último ano fiscal.
A MIGA - a maior provedora mundial de seguros contra riscos políticos e que tem a missão de ajudar a fomentar investimentos estrangeiros diretos e de impacto em países em desenvolvimento - emitiu pouco mais de US$ 3,8 bilhões em novas garantias na América Latina e Caribe nesse período de 15 meses. O compromisso da MIGA de melhorar a vida dos cidadãos da ALC - principalmente dos mais afetados pela pandemia de COVID-19 - é forte; aproximadamente metade de todas as novas garantias da MIGA no EF21 foram emitidas na região da ALC. A MIGA apoiou oito novos projetos em oito países da ALC no EF21; 98,6% dessas novas emissões foram por meio do Programa de Resposta à COVID-19 da MIGA, no valor de US$ 6,5 bilhões. Um exemplo dos esforços da MIGA para gerar um impacto tangível no desenvolvimento durante a pandemia foi sua primeira atuação nas Bahamas. A MIGA emitiu garantias para empréstimos concedidos ao governo das Bahamas. Esses empréstimos serão usados para modernizar dois hospitais públicos e financiar micro, pequenas e médias empresas.
“A MIGA trabalhou em estreita colaboração com governos, empresas e instituições financeiras na ALC para implantar suas garantias e garantir recursos de capital estrangeiro privado para complementar os esforços de mitigação dos impactos sociais e econômicos da pandemia," afirmou o Vice-Presidente e Diretor de Operações da MIGA, S. Vijay lyer. “Além dos projetos da MIGA que melhoram os indicadores de saúde dos cidadãos, os projetos realizados na ALC no EF21 contribuíram para ampliar o crédito disponível para pequenas e médias empresas, financiar medidas climáticas e aumentar a resiliência.”
Resposta do Grupo Banco Mundial à COVID-19
Desde o início da pandemia de COVID-19, o Grupo Banco Mundial já alocou mais de US$ 157 bilhões para combater os impactos da pandemia na saúde, na economia e na sociedade, configurando a maior e mais rápida resposta a uma crise da história do Grupo. Esse financiamento ajuda mais de 100 países a se prepararem melhor para pandemias, além de proteger os pobres e os empregos e incentivar uma recuperação favorável ao clima. O Banco Mundial também apoia mais de 50 países de baixa e média renda (mais da metade deles na África) com a compra e distribuição de vacinas contra a COVID-19, disponibilizando US$ 20 bilhões em financiamento para essa finalidade até o final de 2022.