WASHINGTON, 19 de maio de 2020 — O Programa de Comparação Internacional (PCI) lançou hoje novas paridades de poder de compra (PPCs) para o ano de referência 2017 que ajustam pelas diferenças no custo de vida entre as economias.
De acordo com o relatório Purchasing Power Parities and the Size of World Economies: Results from the 2017 International Comparison Program,
As economias de alta renda, onde vive 17% da população mundial, responderam por 49% do produto interno bruto (PIB) mundial baseado na paridade do poder de compra. As economias de renda média alta e renda média baixa, com 36% e 40% da população mundial, contribuíram com 34% e 16%, respectivamente. A participação no PIB global baseado na PPC no caso das economias de baixa renda, que abrigam 8% da população do mundo, foi inferior a 1%. As duas maiores economias foram a China e os Estados Unidos, cada uma registrando um PIB baseado na PPC ligeiramente inferior a US$ 20 trilhões em 2017. Juntas, as duas respondem por um terço da economia mundial.
“A forte parceria entre os países, órgãos regionais e organismos internacionais é o que torna o PCI possível”, disse Mari Pangestu, Diretora-Geral de Políticas e Parcerias para o Desenvolvimento do Banco Mundial. “Os novos dados ajudarão a melhorar nosso entendimento coletivo da economia mundial e servirão como um marco de referência fundamental para medir o impacto econômico sobre as economias em todo o mundo à medida que trabalhamos para alcançar melhores resultados em termos de desenvolvimento.”
Ao coletar dados de preços de muitos bens e serviços, juntamente com os gastos totais nesses bens e serviços, o PCI produz PPCs que permitem comparar os tamanhos relativos das economias e a renda e o consumo per capita da população, controlando as diferenças dos níveis de preços entre os países. Também são divulgados índices de níveis de preços e estimativas dos componentes do PIB e da despesa baseados na PPC, como consumo e investimento.
O PCI, uma das maiores iniciativas estatísticas do mundo, é coordenado pelo Banco Mundial sob os auspícios da Comissão de Estatística das Nações Unidas. O relatório de 2017 marca a nona comparação concluída desde que a iniciativa foi lançada há mais de 50 anos, abrangendo 176 economias participantes no ano de referência 2017.
“Nestes meses difíceis, em que enfrentarmos uma pandemia global, é difícil voltar a atenção para qualquer outra coisa. Ainda assim, a medição continua a ser importante, talvez ainda mais, sobretudo no caso destes indicadores globais de uma das maiores colaborações internacionais na área de estatística no mundo. À medida que o mundo se recupera, esses novos números serão uma referência essencial para traçarmos nosso progresso”, afirmou Sir Angus Deaton, Presidente do Grupo Consultivo Técnico da PCI e ganhador do Prêmio Nobel em 2015.
De acordo com o relatório de 2017 do PCI, dez economias tinham um PIB per capita baseado na PPC superior a US$ 60 mil e abrigavam 0,5% da população mundial. Entre os grupos de renda, o PIB per capita baseado na PPC variou de um décimo da média mundial no caso das economias de baixa renda a três vezes a média no caso das economias de alta renda. O relatório também compara o consumo per capita e constata que os Estados Unidos registraram o nível mais alto, US$ 44.620.
A desigualdade entre os países persistiu, com cerca de três quartos da população mundial vivendo em países onde a renda e o consumo per capita estavam abaixo das respectivas médias mundiais, de US$ 16.596 e US$ 10.858.
“O PCI fornece aos governos indicadores cruciais para avaliar sua competitividade na economia mundial e os ajuda a fortalecer sua capacidade estatística e seu conhecimento institucional por meio de uma parceria global significativa”, disseram os Presidentes do Conselho Administrativo do PCI, Pravin Srivastava, Chefe de Estatística da Índia, e Werner Holzner, Diretor-Geral de Estatística da Áustria.
Com vistas ao futuro, o PCI continuará a evoluir e se adaptar à transformação da economia, não apenas em termos do que as pessoas compram, mas também dos pontos de venda e plataformas em que fazem suas compras. A participação dos países será ampliada para não deixar ninguém para trás, sobretudo os afetados pela fragilidade e por conflitos.
Os resultados do PCI de 2017 estão disponíveis no website do PCI e no Banco de Dados e Catálogo de Dados do Banco Mundial. Os usuários podem solicitar o acesso a resultados mais granulares não publicados, bem como a dados subjacentes, conforme estabelecido na Política de Arquivamento e Acesso a Dados do PCI. Também foram divulgados resultados revisados de 2011, o ano de referência anterior do PCI, além de estimativas das PPCs anuais correspondentes ao período de 2012 a 2016. A próxima comparação do PCI será feita tomando como referência o ano de 2021.
As PPCs são estimativas estatísticas e devem ser tratadas como aproximações dos valores efetivos, sujeitas a erros de amostragem, medição e classificação. As PPCs não devem ser usadas como indicadores da subvalorização ou sobrevalorização de moedas.
A implementação do PCI foi coordenada pelo Escritório Global do PCI no Banco Mundial, em parceria com o Banco Africano de Desenvolvimento, o Banco Asiático de Desenvolvimento, o Comitê Estatístico Interestadual da Comunidade de Estados Independentes, a Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e Caribe, a Comissão Econômica e Social das Nações Unidas para a Ásia Ocidental, o Escritório de Estatística da União Europeia e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. As atividades de coordenação mundial, elaboração de metodologias e governança foram financiadas pelo Departamento para o Desenvolvimento Internacional do Reino Unido, pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Banco Mundial.
Para mais informações, visite o website do Programa de Comparação Internacional.
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