WASHINGTON, 18 de julho de 2019 - Mais de 90.000 moradores de áreas rurais no estado do Ceará vão se beneficiar de um novo programa aprovado hoje pela Diretoria Executiva do Banco Mundial. O projeto Desenvolvimento Rural Sustentável e Competitividade do Ceará (Fase II), no valor de US$ 100 milhões, financiará investimentos para ajudar os agricultores locais a ampliar seu acesso aos mercados e adotar abordagens resilientes ao clima. A iniciativa também vai ampliar o acesso a serviços de água e saneamento.
Embora represente apenas 4,5% do PIB do Ceará, a agricultura é a principal atividade econômica nas áreas rurais - principalmente para os pequenos produtores. A agricultura gera 21% dos empregos e está diretamente relacionada à segurança alimentar e nutricional. Nos últimos seis anos, a produção agrícola (milho, feijão e arroz) e de animais (bovinos, suínos e aves) sofreu com os efeitos negativos de uma seca persistente, que reduziu a renda dos agricultores.
"Esse tem sido um dos projetos mais importantes do nosso governo. Buscamos, cada vez mais, apoiar o agricultor rural, dando condições de trabalho e melhorando a infraestrutura. Valorizar a agricultura familiar sempre será uma prioridade nossa", afirmou o governador do Ceará, Camilo Santana.
Com 91% de seu território em regiões semiáridas, o Ceará é um dos estados mais secos do Brasil e enfrenta condições climáticas severas. Com frequência, secas prolongadas, desertificação e, às vezes, até inundações têm causado grandes desastres humanos, com fortes impactos sobre a agricultura e a produção de alimentos.
“Este projeto ajudará a construir uma economia rural mais próspera, inclusiva e resiliente ao clima, melhorando as condições de desenvolvimento humano para a população rural do Ceará”, disse Paloma Anos Casero, Diretora do Banco Mundial para o Brasil.
O projeto vai promover o crescimento socialmente inclusivo e o desenvolvimento sustentável ao:
- Aumentar a produção, aprimorando a tecnologia agrícola.
- Elevar o valor bruto das vendas realizadas pelos membros das organizações apoiadas pelo projeto.
- Melhorar o acesso dos produtores rurais ao mercado.
- Ampliar o acesso a fontes de água tratada e serviços de saneamento.
- Fortalecer a capacidade institucional e de coordenação dos principais órgãos setoriais envolvidos na implementação dos programas e políticas de desenvolvimento do Estado.
Este Empréstimo de Investimento Específico, no valor de US$ 100 milhões, conta com uma contribuição de contrapartida de US$ 53,53 milhões, com um prazo de vencimento de 25 anos e período de carência de cinco anos.
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