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COMUNICADO À IMPRENSA 11 de julho de 2018

Negar educação às meninas custa aos países trilhões de dólares em rendimentos ao longo da vida, afirma o novo relatório do Banco Mundial

 

WASHINGTON, D.C., 11 de julho de 2018 – Oportunidades limitadas de educação para as meninas e obstáculos que as impedem de completar 12 anos de escolaridade custam aos países entre US$ 15 trilhões e US$ 30 trilhões em perda de produtividade e renda ao longo da vida, afirma um novo relatório do Banco Mundial lançado em comemoração ao Dia Malala das Nações Unidas, celebrado 12 de julho.

Segundo o relatório Perda de Oportunidades: o elevado custo de não educar as meninas, menos de dois terços das meninas dos países de baixa renda concluem o ensino fundamental e apenas uma em cada três delas completa as primeiras séries do ensino médio. Em média, as mulheres que possuem o ensino médio têm mais probabilidade de trabalhar e ganham quase o dobro daquelas sem escolaridade.

Outros efeitos positivos da instrução de ensino médio para as meninas incluem uma ampla gama de benefícios socioeconômicos para elas próprias, seus filhos e suas comunidades. Entre esses efeitos,  estão a quase eliminação do casamento infantil, a redução em um terço da taxa de fertilidade em países com alto crescimento populacional e a diminuição da mortalidade infantil e da desnutrição.

“Não podemos deixar que a desigualdade entre gêneros seja um obstáculo para o progresso global", afirmou a CEO do Banco Mundial, Kristalina Georgieva. "A desigualdade na Educação ainda é um problema que está custando ao mundo trilhões. Está na hora de eliminarmos essa diferença entre gêneros na educação e das às meninas e aos meninos uma mesma chance de ter sucesso, para o bem de todos".

Nas duas últimas décadas muitos países alcançaram a meta de educação fundamental universal e a taxa de matrícula das meninas no nível fundamental dos países em desenvolvimento rivaliza com a dos meninos. Mas isso não é o bastante. Como a análise constata, benefícios muito maiores da educação viriam da conclusão do ensino médio.

“Quando 130 milhões de meninas são impedidas de se tornar engenheiras, jornalistas ou CEOs porque não têm acesso à Educação, nosso mundo perde trilhões de doláres que poderiam fortalecer a economia global, a saúde pública e a estabilidade. Se os líderes falam seriamente em criar um mundo melhor, eles têm que começar a investir seriamente em Educação secundária para meninas. Esse relatório é mais uma prova de que não podemos mais adiar o investimento nas meninas”, disse Malala Yousafzai, vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2014 e cofundadora do Fundo Malala.

Atualmente, cerca de 132 milhões de meninas entre 6 e 17 anos em todo o mundo ainda estão fora da escola – 75% delas são adolescentes. Para colher todos os benefícios da educação, os países precisam melhorar o acesso e a qualidade para que todas as meninas tenham oportunidade de aprender. Esses investimentos são particularmente críticos em certas regiões como a África Subsaariana onde, em média, somente 40% das meninas concluem as primeiras séries do ensino médio. Os países também necessitam de políticas que apoiem um crescimento econômico saudável que venha a gerar empregos para uma força de trabalho cada vez mais instruída.

As mulheres que possuem o ensino médio também têm mais capacidade para tomar decisões em seu ambiente familiar, inclusive sobre sua própria saúde. Elas têm menos probabilidade de sofrer violência praticada por seus parceiros íntimos e possuem níveis mais elevados de bem-estar psicológico. Também têm filhos mais saudáveis, com menos probabilidade de ser subnutridos e com maior probabilidade de frequentar a escola e aprender. Finalmente, uma educação melhor para as meninas aumenta suas possibilidades de participar integralmente da sociedade e ser membros ativos das suas comunidades.

Educar as meninas e promover a igualdade de gênero é parte de um esforço holístico mais amplo do Banco Mundial, que inclui financiamento e trabalho analítico para remover as barreiras financeiras que mantêm as meninas fora da escola, evitar o casamento infantil, melhorar o acesso a serviços de saúde reprodutiva e fortalecer as competências e as oportunidades de trabalho para meninas adolescentes e mulheres jovens. Desde 2016 o Banco Mundial já investiu mais de US$ 3,2 bilhões em projetos educacionais que beneficiam meninas adolescentes. 

O relatório foi publicado com o apoio da Fundação do Fundo de Investimento para Crianças, a Parceria Global para a Educação e o Fundo Malala.  

 

Para obter informações mais detalhadas, favor consultar: www.worldbank.org/education/learningforall


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COMUNICADO À IMPRENSA Nº 2019/004/EDU

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