COMUNICADO À IMPRENSA

Ampliar a integração é vital para o crescimento da América Latina e do Caribe, afirma relatório do Banco Mundial

14 de março de 2017


WASHINGTON, 14 de março de 2017 – De acordo com um novo estudo do Banco Mundial, aprofundar a integração econômica entre os países da América Latina e do Caribe tornará a região mais competitiva nos mercados internacionais e estimulará o crescimento no longo prazo.

O relatório Better Neighbors: Toward a Renewal of Economic Integration in Latin America [Melhores vizinhos: uma renovada integração econômica na América Latina, em tradução livre] sustenta que uma renovada estratégia de integração, que aproveite os benefícios das complementariedades entre a integração econômica regional e global, pode contribuir para o crescimento com estabilidade. Isto é especialmente importante para uma região que está se recuperando após dois anos de recessão.

“No mundo atual, a integração econômica regional oferece um caminho para reativar o crescimento econômico necessário à redução da pobreza e à promoção da prosperidade compartilhada”, afirmou Jorge Familiar, vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe. “Uma integração intra-regional mais robusta nos tornará mais competitivos na arena global. Para ser eficaz, a integração exige investimentos em infraestrutura, conectividade e logística, o que poderá impulsionar ainda mais o crescimento econômico.”

Desde os anos 1960, a região vem promovendo a sua integração, e essas iniciativas se intensificaram a partir de meados da década de 1990. Ainda assim, as exportações intra-regionais na América Latina se mantêm em um nível persistente de 20% do total, muito abaixo dos 60% ou 50% das exportações intra-regionais na União Europeia e no Leste da Ásia e Pacífico, respectivamente.

Por esta razão, o estudo propõe um “regionalismo aberto” que aproveite as sinergias inexploradas entre a integração econômica regional e global, com base na premissa de que uma integração com o mundo que favoreça o crescimento não pode ser alcançada sem primeiro fortalecer a vizinhança regional. Nesse sentido, o relatório estabelece uma estratégia com cinco vertentes interdependentes:

  1. Maior redução tarifária externa. Isto pode estimular a atividade econômica local, atrair investimento estrangeiro, proporcionar o intercâmbio de conhecimento entre países vizinhos na região e, por fim, facilitar a entrada coletiva nos mercados de exportação globais.
  2. Maior integração econômica entre a América do Sul, a América Central, o Caribe e o México. Por meio de novos acordos preferenciais de comércio (APCs), essas sub-regiões poderão se beneficiar ainda mais de suas complementariedades e obter ganhos adicionais com o comércio. Isto será especialmente relevante para economias pequenas que se integrem com outras maiores.
  3. Harmonização de normas e procedimentos. Permitir que as empresas utilizem materiais provenientes de outros países sem perder acesso preferencial, como costuma acontecer com as normas estabelecidas pelos APCs existentes, poderá contribuir para que a região obtenha ganhos mais elevados como consequência desses acordos. A harmonização dos padrões regulatórios também poderá ajudar a região a obter proveito do avanço já significativo em direção a uma rede integrada de energia.
  4. Concentração dos esforços na redução do alto custo comercial. A falta de uma infraestrutura de qualidade e a difícil topografia torna as distâncias mais dispendiosas para o comércio latino-americano. O percentual de estradas não pavimentadas no continente é de aproximadamente 70%, o que faz com que o transporte terrestre eleve o custo comercial. A baixa eficiência portuária também faz com que a conectividade da região com as redes de transporte marítimo e aéreo seja comparativamente mais fraca e cara.
  5. Integração dos mercados de trabalho e de capital. Há espaço para aumentar a eficiência regional por meio de fluxos migratórios e de capital mais livres na América Latina. A integração dos mercados de trabalho entre as nações pode contribuir para que os países elevem a sua produtividade e estimular o crescimento mediante a transferência transfronteiriça de conhecimento. O Mercado Integrado Latino-americano (MILA), que iniciou suas operações em 2011 e tem como objetivo integrar as bolsas de valores da Colômbia, Chile, México e Peru, também se constitui em um passo na direção certa, buscando melhorar o clima de investimento para todos.

O relatório conclui que, para ter sucesso, a região precisará elaborar e implementar essas políticas inteligentes embora complexas com vistas a ampliar a integração econômica intra-regional, reduzindo também as barreiras ao comércio internacional com o restante do mundo. Embora esse processo não seja simples, o estudo argumenta que o momento é oportuno para dar prioridade a essas iniciativas.

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COMUNICADO À IMPRENSA Nº
2017/181/LAC

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