COMUNICADO À IMPRENSA

Prevenção é crucial para reduzir o crime e a violência na América Latina e no Caribe

7 de fevereiro de 2017


WASHINGTON, DC, 7 de fevereiro de 2017 – Como a criminalidade e a violência continuam a ser um problema permeante e oneroso na América Latina e no Caribe (ALC), a região precisa aumentar os esforços de prevenção com base em uma compreensão mais clara das circunstâncias complexas que alimentam essa realidade e em políticas comprovadas, de acordo com um novo relatório do Banco Mundial lançado aqui hoje.

Segundo o relatório "Acabar com a violência na América Latina: um olhar sobre a prevenção desde a infância até a idade adulta", a violência continua a ser um desafio significativo para a ALC, apesar dos significativos ganhos econômicos e sociais experimentados pela região na última década.

"Os altos níveis de criminalidade e violência têm um pesado impacto no desenvolvimento e um alto custo em vidas humanas", disse Jorge Familiar, vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe. "Para ser bem-sucedida, a região precisa construir um tecido social mais inclusivo, com mais igualdade de oportunidades, e implementar políticas de prevenção que tenham funcionado para conter a violência, como a redução das taxas de abandono escolar e o aumento do emprego juvenil de qualidade".

De acordo com o relatório, a insegurança é o resultado de muitos fatores – desde o narcotráfico e o crime organizado, passando por sistemas judiciais e de aplicação da lei fracos, que promovem a impunidade, até a falta de oportunidades e apoio às populações jovens marginalizadas. O crime e a violência também estão altamente concentrados geograficamente em bolsões específicos dentro de bairros e cidades, de modo que nem todos os países, cidades ou comunidades da região sofrem os mesmos níveis de violência.

O relatório ressalta que não há "fórmula mágica ou política única" para corrigir o problema, e enfatiza que confiar apenas em mais ações policiais ou mais encarceramento não é suficiente. Uma combinação bem direcionada de iniciativas pode desempenhar um papel significativo na prevenção de atos violentos e comportamentos criminosos.

Uma conclusão fundamental é que nunca é demasiado cedo nem demasiado tarde para que a prevenção funcione. Embora as abordagens de prevenção a longo prazo possam começar antes do nascimento e trazer benefícios na adolescência e na vida adulta, políticas eficazes com horizontes de mais curto prazo também estão disponíveis mais tarde na vida, como investimentos em educação, programas de habilidades comportamentais e esforços bem orientados de redução da pobreza.

O estudo ressalta como várias políticas não especificamente projetadas para prevenir a criminalidade têm benefícios substanciais de prevenção de crimes (por exemplo, desenvolvimento da primeira infância, educação e programas de redução da pobreza). Assim, a prevenção economicamente eficiente pode ser conseguida repensando as políticas existentes através da lente da prevenção do crime.

Alguns exemplos de programas que funcionam incluem visitas domiciliares de agentes de saúde e iniciativas de desenvolvimento da primeira infância, que comprovadamente reduzem a probabilidade de que as crianças fujam de casa, ou venham a ser presas ou condenadas no futuro. A maior parte das reduções consideráveis e persistentes de crimes violentos ou contra a propriedade estão associadas a políticas que desencorajam o abandono do ensino médio. O relatório conclui que mesmo políticas de saúde devem ser consideradas para prevenir e "tratar" o crime, a violência e a agressão. Desde uma melhor nutrição até tratamentos de saúde mental, todas essas políticas oferecem resultados promissores.

O relatório também reconhece que a eficácia de muitas dessas políticas preventivas depende muito da capacidade institucional para implementá-las. Claramente, a prevenção da criminalidade pode ser mais bem sucedida em um contexto em que instituições como a polícia o sistema judicial são tidos como confiáveis.

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COMUNICADO À IMPRENSA Nº
2017/162/LAC

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