Alertas para escassez iminente de água
PARIS, 2 de dezembro de 2015 – O Grupo Banco Mundial anunciou hoje um impulso significativo no financiamento de programas de abastecimento de água na Índia, Bacia do Rio Níger, Marrocos e Quênia para ajudar a enfrentar os desafios ao fornecimento de água.
Essa decisão foi tomada ao mesmo tempo que Laura Tuck, Vice-Presidente de Desenvolvimento Sustentável do Grupo Banco Mundial advertia que . Isso em comparação com 28% hoje em dia.
Falando nas conversações sobre o clima – COP21 – em Paris, Tuck afirmou que o estresse global sobre a água estava aumentando em consequência da mudança do clima combinada com o crescimento demográfico.
“A escassez de água e a variabilidade representam riscos significativos para todas as atividades econômicas, incluindo a produção de alimentos e de energia, manufatura e desenvolvimento da infraestrutura”, afirmou Tuck. “A gestão precária da água intensifica os efeitos da mudança do clima sobre o crescimento econômico, mas se a água for bem gerenciada poderá ajudar muito na neutralização de impactos negativos.”
Uma iniciativa importante anunciada hoje pelo Grupo Banco Mundial foi um investimento de US$ 500 milhões para apoiar o programa de US$ 1 bilhão da Índia para melhorar a gestão da água subterrânea. A Índia é o maior consumidor da água subterrânea do mundo. O financiamento, sujeito à aprovação da Diretores Executivos do Banco Mundial, ajudaria reformas institucionais, geração de capacidades e desenvolvimento de infraestruturas.
“A água é muito fundamental para a vida e o desenvolvimento econômico e é vital que enfrentemos essas questões especialmente no mundo em desenvolvimento, no qual o estresse da água já está cobrando um preço das pessoas e economias”, afirmou Junaid Ahmad, Diretor Sênior de Recursos Hídricos do Grupo Banco Mundial.
Na Bacia do Níger nove países comprometeram-se a contribuir com um investimento de US$ 3,1 bilhões em um plano de resiliência climática no prazo de 10 anos para criar resiliência. A primeira fase custará US$ 610 milhões e incluirá financiamento proveniente do fundo do Banco Mundial para os países mais pobres: a Associação Internacional de Desenvolvimento (AID).
No Marrocos, suscetível à seca, o Grupo Banco Mundial está apoiando o Programa Nacional de Poupança da Irrigação com um novo compromisso de US$ 150 milhões baseado em compromissos anteriores de US$ 500 milhões. Esse programa ajudará os agricultores de baixa renda e vulneráveis com tecnologias de irrigação mais eficientes para enfrentarem a escassez cada vez maior de água e maior variabilidade do abastecimento de água.
Em Mombasa, na região costeira do Quênia, a demanda de água supera enormemente a oferta, ocorrendo variabilidade climática, secas e inundações com efeitos funestos sobre as pessoas de baixa renda. O Grupo Banco Mundial está financiando uma parcela significativa do custo de um programa público de US$ 500 milhões para aumentar a segurança da água e criar resiliência climática.