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COMUNICADO À IMPRENSA

Progresso social e econômico do Brasil vinculado a uma maior produtividade e a melhores empregos para os pobres

16 de outubro de 2015


O relatório "Sustentando Melhorias no Emprego e nos Salários no Brasil", do Banco Mundial, analisa o futuro das políticas para o mercado de trabalho

 

BRASÍLIA, 16 de outubro de 2015 - Nos últimos 15 anos, o emprego e os rendimentos cresceram significativamente no Brasil, e o mercado de trabalho foi o fator-chave para as quedas acentuadas na pobreza e na desigualdade. Para manter o desenvolvimento social e econômico, bem como as conquistas da última década, dois objetivos precisam estar no centro das políticas para o setor: aumentar a produtividade do trabalho e conectar os pobres a mais e melhores empregos, afirma o relatório "Sustentando Melhorias no Emprego e nos Salários no Brasil", do Banco Mundial, lançado ontem, em Brasília, e hoje em São Paulo.

“O ritmo de criação de emprego no Brasil foi mais rápido do que na maioria dos países durante a última década, e a redução da desigualdade foi notável”, disse Martin Raiser, diretor do Banco Mundial para o Brasil. “Para sustentar esses ganhos em meio a condições econômicas menos favoráveis, o Brasil terá de tornar sua força de trabalho mais produtiva; e, para garantir que os pobres se beneficiem, eles precisarão ter acesso a empregos mais produtivos.”

Com a desaceleração da China e a queda nos preços das commodities, o ambiente externo para o Brasil mudou bastante com relação ao que havia na década passada. O crescimento mais lento possivelmente pressionará o emprego e os salários para baixo. Para o país ter sucesso mesmo nessas circunstâncias adversas, as políticas do mercado de trabalho precisam se concentrar em investir nas habilidades exigidas pelos empregadores e na promoção do equilíbrio entre oferta e demanda de emprego.

O Brasil tem experiências bem-sucedidas sobre as quais é possível avançar. O relatório mostra, por exemplo, que as políticas de emprego e de capacitação no Brasil reforçaram as qualificações, a empregabilidade e a produtividade dos beneficiários. Além disso, o foco do Brasil na promoção da empregabilidade e de oportunidades de geração de renda para os segmentos mais pobres proporciona importantes subsídios sobre as formas de enfrentar os desafios multidimensionais da empregabilidade da população desfavorecida.

"Os sucessos que o Brasil conquistou até hoje mostram que reformas incrementais podem trazer benefícios significativos ao país", explicou a economista sênior Joana Silva, uma das principais autoras do relatório. "Por exemplo, reforçar os sistemas de informação e acompanhar os resultados do mercado de trabalho poderiam ajudar a melhorar a eficácia das políticas ativas do setor. Adotar, no Sistema Nacional de Emprego (SINE), uma abordagem de gestão com foco no posicionamento de candidatos; redesenhar a Lei do Aprendiz para incentivar as empresas a oferecer melhores oportunidades para os jovens; adaptar os programas de formação e de emprego para perfis variados são algumas das políticas que podem contribuir para aumentar a produtividade do trabalho e conectar os pobres a melhores empregos."

O relatório elogia o Brasil pela impressionante expansão do acesso a programas de formação financiados pelo governo, especialmente para os pobres e os menos qualificados. Também nessa área, medidas adicionais poderiam trazer resultados importantes. Entre as sugeridas pelo relatório, estão: reforçar a colaboração com o setor privado na formação de currículos relevantes, apoiar mais oportunidades de aprendizagem no local de trabalho e melhorar os sistemas de acompanhamento e de informação para orientar as instituições de aprendizagem, os alunos e os potenciais empregadores.

"O Brasil fez enormes progressos na expansão do ensino técnico e no aumento das oportunidades de formação para os pobres", disse a economista sênior Rita Almeida, coautora do relatório. "As medidas que propomos visam garantir que os pobres do Brasil continuem a transformar suas habilidades recém-adquiridas em oportunidades de emprego produtivo e possam permanecer conectados ao mercado de trabalho."

Embora destacando os sucessos do Brasil e enfatizando a natureza incremental das reformas propostas, o relatório adverte que as políticas do mercado de trabalho e investimento em competências, por si só, não serão suficientes para resolver o recente aumento do desemprego. As melhorias no clima de negócios e a restauração da confiança do investidor e do consumidor são igualmente fundamentais para assegurar o retorno do crescimento e da criação de emprego.                                                 

Para ler o relatório completo, acesse: https://openknowledge.worldbank.org/handle/10986/22545

 

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COMUNICADO À IMPRENSA Nº
2016/129/EDU

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