- Uma nova análise extrai lições da última década e ajuda a identificar as reformas necessárias para acelerar o crescimento
WASHINGTON, 17 de abril de 2015 – Como resultado dos elevados preços das matérias-primas, de um ambiente macroeconômico estável e das reformas direcionadas para o crescimento, a América Latina e o Caribe aumentaram cerca de cinco pontos percentuais o PIB per capita (em paridade ao poder de compra) na última década. Tanto as condições externas favoráveis quanto as reformas contribuíram para estimular o crescimento na região.
Com o declínio nos preços das commodities exportadas por muitos países da América Latina e com menos crescimento econômico interno e de seus parceiros comerciais, a região necessitará agora implementar cada vez mais reformas que estimulem o crescimento, mantendo ao mesmo tempo uma estrutura macroeconômica e fiscal equilibrada.
Um novo estudo do Banco Mundial, Além das commodities: O desafio do crescimento na América Latina e no Caribe, analisa em detalhe as tendências do crescimento na região e destaca as reformas que podem proporcionar melhores resultados com vistas a elevar os níveis de renda. O relatório conclui que reformas domésticas pró-crescimento podem trazer resultados ainda melhores que os fatores externos no que diz respeito à promoção do crescimento sustentável e redução da pobreza na região.
“Com o fim do auge da prosperidade proporcionada pela alta de preços das commodities e com a condições mundiais menos favoráveis, a região está se conscientizando da nova realidade marcada pelo crescimento lento”, afirmou Jorge Familiar, vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe. “Esta situação não é difícil apenas para a América Latina e o Caribe mas para todo o mundo. Aprendemos com esta análise que algumas das difíceis reformas implementadas pelos governos para estimular o crescimento e os esforços para manter uma estrutura macroeconômica e fiscal equilibrada foram os principais determinantes do desempenho positivo da região ao longo da última década. Se a região obteve esse bom resultado uma vez, é possível alcançá-lo novamente”.
Entre as principais conclusões do estudo estão:
· A prosperidade dos anos 2000 é resultado igualmente das reformas em prol do crescimento implementadas nos países e das condições mundiais favoráveis: Muitos países da região tomaram a difícil decisão de implementar reformas nos setores de finanças, educação e infraestrutura para promover o crescimento durante esse período que levaram a resultados muito significativos. Além disso, a maioria das nações adotou políticas para reduzir a inflação e a volatilidade da moeda na década de 1990, que ajudaram a estabilizar as economias e criaram um ambiente no qual outros instrumentos geradores de crescimento surtiram efeito.
· Novas estrelas do crescimento emergiram como o Panamá, o Peru, a Colômbia e a República Dominicana: O Panamá apresentou o mais elevado índice de crescimento na região, com uma expansão média per capita anual de 5,1% entre 2001 e 2012, seguido pelo Peru com 4,6%, cujo aumento resultou dos preços das commodities e das reformas internas. A Colômbia e a República Dominicana também se destacaram como economias em rápido crescimento. Enquanto os produtores de matérias-primas se beneficiaram com a expansão das exportações, outros países relativamente mais pobres em recursos naturais, como a Costa Rica, também registraram um forte desempenho durante esse período.
· Aprender a partir da experiência dos países com melhor desempenho na região poderá ajudar a priorizar as reformas para acelerar o crescimento: A análise enfatiza que diferentes países trilham caminhos distintos para manter o crescimento. O estudo mostra que, enquanto a Argentina, a República Dominicana, o Equador e a Venezuela ainda poderiam extrair um aprendizado da experiência de controle da inflação realizada por outros países, para outras nações – em particular as centro-americanas e caribenhas – as reformas que estimulam o crescimento a longo prazo seriam essenciais. O documento também mostra que os países com renda per capita mais baixa - como a Nicarágua, o Paraguai e Honduras - têm muito a ganhar com a solução de seu déficit de infraestrutura.
Analisando cenários futuros, o relatório conclui que a região pode aprender com o cenário de sucesso dos anos 2000 e construir bases para manter os ganhos sociais arduamente conquistados para continuar a promover o crescimento. Não há uma fórmula única para todos, e o países terão de continuar a olhar para seus motores dométicos a fim de promover o crescimento.
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