Washington, 10 de Julho de 2013 – A Agência Multilateral de Garantia ao Investimento (MIGA), a instituição responsável pelo seguro de risco político do Grupo Banco Mundial, está a apoiar Angola a resolver o seu grave défice energético, mediante o apoio à expansão da central hidroeléctrica de Cambambe.A MIGA dará uma cobertura de USD $512 milhões de dólares Americanos aos mutuantes do projecto em caso de inadimplência de obrigações financeiras soberanas durante 13 anos.
As instituicões bancárias HSBC Bank plc, Société Générale e BHF-Bank Aktiengesellschaft concederam ao Governo de Angola o financiamento da dívida no valor de USD $300 milhões de Dólares Americanos para a central de Cambambe, uma das duas estações hidroeléctricas em actividade no Rio Kwanza. A expansão desta central eléctrica envolve a construção de uma segunda estação com quatro turbinas de geradores adicionais e uma capacidade total suplementar de 700 megawatts com base num contracto de engenharia, aquisições e construção adjudicado à Odebrecht SA do Brasil. O projecto é parte de um programa mais vasto de reabilitação e expansão, que visa aumentar a capacidade productora de energia de Angola de cerca de 1 500 megawatts para mais de 5 000 megawatts.
“Apesar dos vastos recursos energéticos, Angola continua a ser um dos países do mundo mais sedento de energia”, afirma Laurence Clarke, o Director do Banco Mundial para Angola, Moçambique e São Tomé e Príncipe. “O aproveitamento significativo do potencial hidroelétrico vai proporcionar uma fonte de electricidade económica e sustentável, destinada a intensificar os esforços do Governo de Angola no sentido da criação de uma economia mais resiliente e diversificada.”
“Angola alcançou um crescimento do PIB significativo, mas menos de 30% da população do país tem acesso à energia eléctrica,” refere Michel Wormser, Vice-presidente e Director de Operações da MIGA. “Temos muito orgulho em apoiar este projecto de importância crítica, que irá aumentar a capacidade de produção de energia no país em mais de 30%.”
“A participação da MIGA nesta transação foi essencial para a mobilização do financiamento da dívida de longo prazo destinados a concluir este projecto” refere João Baptista Borges, Ministro da Energia e Águas do Governo de Angola. “Este projecto é um passo na direcção da execução das metas ambiciosas que definimos na nossa Estratégia Nacional de Desenvolvimento para o sector da energia.”
A expansão deverá ficar concluída em 2017.