RIO DE JANEIRO, 21 de junho de 2012 – O Grupo Banco Mundial anunciou hoje que ampliará seus esforços para expandir o acesso à energia elétrica, ao mesmo tempo em que também aumentará o apoio à energia renovável e à eficiência energética nos países em desenvolvimento como uma resposta à iniciativa Energia Sustentável para Todos do Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.
O Grupo Banco Mundial disponibiliza cerca de US$8 bilhões anuais para projetos e programas de energia, que contam com um aporte equivalente de doadores, governos e do setor privado. Por meio das iniciativas descritas abaixo, e como parte do seu empenho para apoiar a iniciativa Energia Sustentável para Todos, a instituição pretende duplicar para US$16 bilhões ao ano os seus empréstimos para energia, enfatizando a baixa emissão de carbono nessa área.
O Grupo Banco Mundial, que já apoia programas de acesso à energia em 60 países, planeja ampliar as iniciativas de fornecimento de eletricidade e de combustíveis domésticos limpos, assim como melhorar os fogões movidos a biocombustível em determinados países, além de aumentar o financiamento para implementá-las, disse Mahmoud Mohieldin, Diretor Administrativo do Banco Mundial.
“A prioridade do Grupo Banco Mundial é assegurar o acesso à energia elétrica a 1,3 bilhão de pessoas em todo o mundo que não dispõem desse serviço e combustíveis domiciliares limpos para 2,7 bilhões que ainda não são atendidas”, disse Mohieldin. “Ao mesmo tempo, promoveremos as práticas de eficiência energética e facilitaremos os esforços realizados pelos países paraadotar fontes de energia mais limpas.”
De forma específica, o Grupo Banco Mundial assumiu os seguintes compromissos:
● Fornecer assistência técnica, orientação sobre políticas e financiamento para ajudar até cinco países selecionados a estabelecer planos de acesso à energia;
● Expandir programas de acesso à eletricidade como Lighting Africa [Iluminando a África], que desenvolve mercados de iluminação fora da rede, com o objetivo de proporcionar esse serviço de forma acessível para 70 milhões de domícilios de baixa renda até 2020;
● Fomentar a agenda de culinária ecológica, apoiando os programas que incentivam o uso de fogões movidos a biocombustível não poluente e de combustíveis limpos na África, no Sul e no Leste da Ásia, e na América Central;
● Proporcionar a atenuação de risco para investimentos em energia limpa;
● Apoiar a produção de energia geotérmica nos países em desenvolvimento;
● Apoiar o aumento da eficiência energéticas nas cidades;
● Ajudar os países a mapear os recursos de energia renovável;
● Apoiar os investimentos em energia limpa dos pequenos países insulares em desenvolvimento;
● Expandir a Parceria Global para Redução da Queima de Gás Natural, com o objetivo de capturar e utilizar de modo produtivo o gás queimado.
Os Fundos de Investimento Climático, administrados pelo Grupo Banco Mundial e por bancos multilaterais de desenvolvimento, para os quais os doadores comprometeram US$7 bilhões, também serão aplicados em larga escala nos projetos de energia renovável e de eficiência energética, de modo a estimular o investimento privado.
Os novos compromissos do Grupo Banco Mundial com as iniciativas de produção de energia geotérmica, especialmente na África, de mapeamento dos recursos de energia renovável e de desenvolvimento de energia limpa nos pequenos países insulares, bem como o maior apoio aos programas de eficiência energética nas cidades, serão concretizados em parceria com o Programa de Assistência à Gestão do Setor Energético (PAGSE), que conta com vários doadores.
Por fim, o Grupo Banco Mundial trabalhará com o PGSE e com um consórcio mais amplo de órgãos internacionais na produção de um relatório sobre a situação atual, no mundo inteiro, das três metas da iniciativa Energia Sustentável para Todos. Esse procedimento servirá de base para a elaboração de relatórios de acompanhamento globais periódicos, que irão monitorar e informar sobre o avanço no alcance das metas de acesso, de energia renovável e de eficiência energética até 2030.
“Ao mobilizar o nosso conhecimento, os recursos financeiros e o poder de convocação, juntamente com os de nossos parceiros, estou convencido de que poderemos conceber as estratégias adequadas e obter os financiamentos necessários para eliminar a pobreza energética e cumprir essas metas até 2030”, disse Mohieldin.