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REPORTAGEM17 de março de 2025

Museu dos Povos Acreanos apresenta ao mundo a riqueza natural e cultural do estado

The World Bank

Um dos espaços do museu reproduz a casa de um seringueiro 

Fotos: Mariana Ceratti/Banco Mundial

Localizado em área turística de Rio Branco, espaço recebeu investimentos do Banco Mundial por meio do ProAcre

Ao contrário do que dizem as teorias da conspiração e os memes da internet, o Acre existe, tem história e cultura riquíssimas, devidamente documentadas em um espaço acessível ao público em geral, desde agosto de 2023: o Museu dos Povos Acreanos, no centro de Rio Branco. Também na contramão das piadinhas, não há dinossauros circulando pelo estado, mas sim um fóssil bem preservado de um purussauro – o gigantesco antepassado do jacaré – exposto em um dos espaços do museu.

O museu se tornou realidade por meio do Projeto de Inclusão Social e Econômica e Desenvolvimento Sustentável do Acre (Proacre), do governo do estado, com apoio do Banco Mundial. Cerca de R$ 16 milhões foram investidos para transformar um antigo colégio em um ponto turístico com sete espaços de visitação – climatizados e com iluminação especial –, átrio interno, auditório, café e loja de suvenires.

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No acervo, há mobília, obras de arte, importantes achados arqueológicos e paleontológicos, vídeos, livros e áudios, dentre outros, que permanecem relevantes para ampliar o conhecimento e desenvolvimento sociocultural e fortalecer a identidade regional. Chamam a atenção a Sala Chico Mendes, o espaço com a reprodução da casa de um seringueiro e a Sala das Personalidades. Essa última apresenta fotos e pequenas biografias de acreanos que conquistaram notoriedade nacional, como o músico João Donato, a novelista Glória Perez e o político Enéas Carneiro.

Em outra sala, a interativa, é possível fazer um jogo de palavras cruzadas e descobrir gírias e frases comumente usadas no Acre.

O Proacre fez esse e outros investimentos em imóveis representativos do patrimônio cultural e histórico do estado, fortalecendo o orgulho que os acreanos têm da própria origem, história e cultura
Fatima Amazonas
Gerente do projeto no Banco Mundial

Anos de abandono

A história do prédio começou em 1952, quando o frei italiano André Morini Ficarelli, morador do Acre, recebeu a incumbência de construir um pensionato masculino para acolher os jovens que fossem a Rio Branco estudar no Colégio Acreano. A obra durou sete anos devido aos atrasos para a chegada dos materiais de construção. E, no fim, atendendo aos pedidos das famílias dos alunos, o local foi convertido no Colégio dos Padres, que funcionou até 1978, sendo posteriormente  transformado em um colégio laico: o Meta.

A partir daí, o Meta ficou conhecido não só por estimular atividades culturais e esportivas entre os alunos, mas também por acolher movimentos estudantis e reuniões sindicais, como as promovidas por Chico Mendes. Outra curiosidade é que a atual ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, lecionou lá.

O colégio mudou de sede em 2005, fazendo com que o prédio original, localizado na Avenida Epaminondas Jácome, ficasse abandonado por anos. Em 2016, o governo do Acre desapropriou o edifício. Dois anos depois, começaram as obras para reforma e transformação em um museu.

Patrimônio cultural

De agosto de 2023 a janeiro de 2025, o Museu dos Povos Acreanos recebeu 32.873 mil visitantes. Ao resgatar os aspectos históricos e culturais dos povos originários e dos que chegaram em busca de oportunidades de trabalho e desenvolvimento, o local valoriza ainda mais uma área histórica e turística da cidade: o centro, com suas casinhas coloridas, que abrigam lojas de artesanato, bares e restaurantes, ladeando o rio Branco, que também empresta seu nome à capital do estado. Do mezanino do prédio, a vista dessa região se descortina.

“O Proacre fez esse e outros investimentos em imóveis representativos do patrimônio cultural e histórico do estado, fortalecendo o orgulho que os acreanos têm da própria origem, história e cultura”, destaca Fatima Amazonas, que atuou como gerente do projeto, pelo Banco Mundial. 

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Uma visitante particularmente orgulhosa foi Aline Albuquerque (acima), 36 anos, hoje assessora técnica da Secretaria da Casa Civil do estado. Ex-aluna do Meta, ela acompanhou uma visita da equipe do Banco Mundial, discorrendo sobre as memórias dos tempos de infância ao passar pelas antigas salas. “Depois que o colégio se mudou para outro endereço, eu nunca mais tinha vindo aqui. Fico muito feliz que este espaço esteja sendo bem aproveitado”, comemora.

Para conhecer as atrações do museu, é preciso agendar online: https://linktr.ee/MuseuDosPovosAcreanos

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