Visto do alto, o estado do Amazonas exibe uma vastidão de floresta e rios por todos os lados. De fato, o maior estado brasileiro supera a soma dos territórios das regiões sul e sudeste do Brasil. E, observado de perto, também apresenta desafios colossais. Conheça-os a seguir.
1. É um dos estados mais isolados do país
Com apenas 2,23 habitantes por quilômetro quadrado, o Amazonas é o estado com a segunda menor densidade demográfica do Brasil, depois de Roraima (também no norte). E mais: Manaus, a capital, é alcançável basicamente por via aérea ou barco (de carro, somente a partir de Roraima). Nesse cenário, é possível imaginar os desafios de fornecer serviços públicos de qualidade às populações que estão mais isoladas, inclusive nas áreas de segurança pública e proteção à mulher.
2. Está se tornando um cenário de novas experiências no combate à violência contra a mulher
“A secretaria executiva de politica para mulheres oferece treinamentos para diversos profissionais do Estado, tais como policiais, sobre a aplicacao da Lei Maria da Penha em Manaus e no interior. E, para enfrentar a questão do isolamento, o Estado presta serviços à mulher de formas inovadoras, por meio de unidades móveis, como barcos e ônibus”, destaca a economista Laura Zoratto, do Banco Mundial, que está à frente de um projeto para promover, entre outros temas, a igualdade de gênero no estado. A parceria, firmada com o estado em maio de 2014, apoia a expansão desses trabalhos.
É importante ressaltar que a taxa estadual de homicídios por 100 mil mulheres é uma das menores do Brasil, mas assusta quando se olham isoladamente os números da capital. Em 2010, Manaus apresentou o terceiro mais elevado índice de violência de gênero no País, com 11,5 mulheres assassinadas por 100 mil pessoas.
3. Vai melhorar a arrecadação e o controle de gastos para prestar melhores serviços públicos
Além de promover os direitos da mulher no Amazonas, o projeto beneficiará a economia e a segurança pública como um todo. Com ele, o estado poderá implementar a Nota Fiscal Eletrônica do consumidor; reformar os procedimentos de licitações para que eles tenham mais transparência e eficiência; integrar os órgãos responsáveis pela segurança pública.