Fevereiro 9, 2015 – O Banco Mundial pode desempenhar um papel crucial, facilitando conversações transparentes e significativas entre as empresas mineiras, os produtores de electricidade e governos de África, sobre formas de trabalharem em conjunto para levarem energia eléctrica a milhões de habitantes da região, afirmou um painel de oradores especialistas numa reunião mineira de âmbito global, na passada Segunda-feira.
Na África Subsariana, onde apenas uma em cada três pessoas tem acesso a electricidade, uma inversão dessa realidade pode reduzir a pobreza e dar aos habitantes acesso a educação, cuidados de saúde e outras necessidades básicas que, por sua vez, podem abrir caminho para um sólido crescimento económico.
“O que aqui vemos, é um papel a desempenhar pelo Banco Mundial”, afirmou Mark Bristow, CEO da empresa Randgold Resources, na conferência Investing in African Mining Indaba na Cidade do Cabo.
“Indústria e governos cruzam caminhos na noite em cada dia que passa e tem de haver uma forma de pararmos todos e ter uma conversa.”
Acrescentou também que os investimentos mineiros não poderão funcionar sem acesso a uma energia fiável e com custos mais baixos.
Executivos das empresas mineiras e representantes da indústria e governamentais estão reunidos esta semana numa conferência em que o Grupo Banco Mundial apresentou o seu relatório entitulado “O Poder da Mina: Uma Oportunidade Transformativa para a África Subsariana.”
O relatório apresenta estimativas de que as necessidades de electricidade, para a indústria mineira da África Subsariana, poderão atingir mais de 23.000 megawatts por volta de 2020, cerca de três vezes o nível de 2000. Para satisfazer a procura, prevê-se que as empresas de mineração deverão gastar USD3,3 mil milhões, entre 2012 e 2020, sendo a maior parte de fontes privadas de produção de energia.