No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, os brasileiros poderão observar atentamente a feia realidade da violência doméstica, que afeta uma em três mulheres no mundo inteiro.
Uma série de documentários, que mostra a situação das mulheres em dolorosos detalhes, estreou ontem na Câmara dos Deputados como parte de uma campanha de conscientização contra a violência de gênero no Brasil.
Cinco cineastas se tornaram o centro das atenções quando seus trabalhos foram premiados e reconhecidos por legisladores brasileiros -- que foram de vital importância na aprovação de leis contra a violência de gênero.
Todos os documentários contam histórias dramáticas de mulheres que viveram relações agressivas. Uma protagonista está em todas essas histórias: Maria da Penha, uma biofarmacêutica que se tornou paraplégica após repetidos ataques do marido e serviu de inspiração para a mais importante lei contra a violência doméstica no Brasil.
Histórias verdadeiras
Vinte e dois filmes participaram do concurso. Entre as histórias contadas pelos finalistas, estão as de:
- Sílvia, uma ativista contra a violência doméstica, que foi assinada pelo genro, que costumava bater em sua filha;
- Verônica, Carmem e Sara, que conseguiram se libertar de maridos agressivos;
- Lucília, uma indígena, que tentou várias vezes denunciar o ex-companheiro, mas a polícia nunca investigou o caso;
- Um grupo de mulheres contra a violência de gênero em São Paulo. Maria é o nome mais comum entre essas ativistas.
Cada vencedor recebeu um prêmio no valor de R$10 mil (US$ 5.038). Os trabalhos estarão disponíveis em inglês, francês e espanhol e poderão ser vistos online, gratuitamente, no site e nas redes sociais do Banco Mundial. Os filmes também serão exibidos na TV Câmara, bem como no canal GNT de televisão a cabo.