No inverno passado, todo o planeta ficou congelado ao descobrir a existência do coronavírus (COVID-19) e a sua velocidade de propagação. Numa tentativa de remediar esta situação, o mundo foi confinado, as escolas fecharam, as linhas de produção deixaram de funcionar, a vida social foi interrompida e as pessoas ficaram enclausuradas nas suas casas. Tudo mudou.
Hoje em dia, a dimensão da pandemia e os seus efeitos devastadores sobre os seres humanos e as economias são colossais. A 8 de outubro de 2020, a Organização Mundial da Saúde anunciou 36 milhões de pessoas infetadas em todo o mundo, das quais 1,2 milhões em África.
"A pandemia da COVID-19 é uma crise que não se compara a nenhuma outra. O seu saldo é pesado e as pessoas dos países mais pobres irão, sem dúvida, sofrer mais profundamente e durante mais tempo. Custou vidas e destruiu meios de subsistência em todas as partes do mundo", disse David Malpass, presidente do Grupo Banco Mundial, no seu discurso de introdução às Assembleias Anuais que serão realizadas virtualmente este ano, devido à pandemia. "Mergulhou mais economias em recessões simultâneas do que qualquer outra crise desde 1870. E isso poderá levar às primeiras manifestações de uma década perdida marcada por um crescimento lento, o colapso de muitos sistemas de saúde e de educação, e sobre-endividamento."
Embora os números mostrem que a África parece ter sido relativamente poupada em comparação com outras partes do mundo, o impacto socioeconómico do vírus não é por isso menos grave. De acordo com o nosso último relatório Africa’s Pulse, referente às perspetivas económicas da região, prevê-se que o crescimento na África Subsariana desça para -3,3% em 2020, arrastando o continente para a sua primeira recessão económica em 25 anos. A pandemia também corre o risco de mergulhar 40 milhões de africanos na pobreza extrema, apagando pelo menos cinco anos de progressos na luta contra a pobreza.
Além disso, "a COVID-19 não será a última emergência sanitária que o mundo irá experimentar e há uma necessidade urgente de uma preparação sustentada para lidar com a próxima", avisou a OMS. É por isso importante que os países africanos consigam não apenas lidar com a actual crise de saúde, como também se preparem para a próxima crise. Muitos países já implementaram medidas para salvar vidas, proteger os meios de subsistência e construir um futuro mais sólido.
Com a finalidade de proporcionar uma solução colectiva para um desafio colectivo, gostaríamos também de ouvir as opiniões dos jovens africanos sobre a resposta à COVID-19. Responda com um máximo de 650 palavras à seguinte pergunta, em função do contexto do seu país:
Como podem os jovens associar-se aos seus governos e organizações da sociedade civil para se enfrentar o impacto da COVID-19 e construir um sistema social e económico mais robusto após a pandemia?