O índice de capital humano do Grupo Banco Mundial para 2018 revelou que a classificação dos países da África Subsaariana é a mais baixa em comparação com todas as regiões do mundo no que diz respeito a competências, saúde, conhecimento e resiliência. Isto reflete os desafios como a elevada mortalidade e elevadas taxas de raquitismo, assim como resultados inadequados de aprendizagem dos alunos.
Com o objetivo de ajudar os países Subsarianos a resolverem estas questões, a Região Africana do Banco Mundial lançou o seu Plano de Capital Humano com metas ambiciosas, incluindo uma redução da mortalidade infantil para salvar quatro milhões de vidas, evitar o raquitismo entre 11 milhões de crianças e aumentar em 20% os resultados da aprendizagem para raparigas e rapazes na escola.
Capacitar as mulheres para evitar o casamento e as gravidezes precoces para as adolescentes também é um objetivo do plano. De acordo com Hafez Ghanem, Vice-Presidente do Banco Mundial para a África, “a taxa de fertilidade das adolescentes na África Subsaariana é de 102 nascimentos por 1000 raparigas — três vezes mais elevada do que no Sul da Ásia. Isto não só prejudica as raparigas e os seus filhos, mas também prejudica o crescimento económico."
A África Subsaariana tem a mais elevada taxa de casamentos infantis do mundo. Quase quatro entre cada 10 mulheres nesta região casaram antes de atingirem os 18 anos. Estas raparigas jovens têm a sua infância encurtada, mas isto vai muito para além de uma questão moral. Esta situação tem um impacto negativo no desenvolvimento. É também mais provável que tenham filhos em tenra idade, o que afeta a sua saúde, e é muito mais provável que abandonem a escola e concluam menos anos de escolaridade do que o previsto. Isto limita a sua capacidade de entrar no mercado de trabalho com as competências adequadas e, por conseguinte, reduz o seu potencial de obter rendimentos mais elevados.
As estimativas para 12 países na África Subsaariana afirmam que o casamento infantil está a custar a esses países 63 mil milhões de dólares em rendimentos perdidos e riqueza de capital humano. Abordar a questão do casamento infantil é, portanto, um desafio de desenvolvimento crucial para todos os países da África Subsaariana.
Por isso, queremos ouvir o que tem a dizer! Partilhe as suas opiniões respondendo às seguintes perguntas: "O que será preciso para acabar com o casamento infantil no seu país?"