A pequena nação insular de Cabo Verde alcançou um notável progresso social e económico desde a sua independência em 1975. Apesar dos desafios geográficos e dos recursos limitados, o país tem tido sucesso económico impulsionado por reformas estruturais, estabilidade política, elevado fluxo turístico, investimento direto estrangeiro e remessas sustentadas.
No entanto, persistem desafios. Desde a crise financeira global em 2008, o modelo de desenvolvimento de Cabo Verde tem mostrado sinais de fadiga. O crescimento económico continua volátil e o país permanece altamente vulnerável a choques económicos externos e eventos relacionados ao clima, o que requer planeamento cuidadoso e preparação. Além disso, a baixa produtividade do setor privado e a elevada fragmentação dos mercados internos são constrangimentos-chave para alcançar um crescimento económico sustentado e inclusivo.
O ano de 2022 foi marcado por um forte crescimento económico de 17,7%, com setores como turismo, transporte e comércio a liderar o caminho. O aumento da atividade económica contribuiu para a redução das taxas de pobreza. No entanto, alguns desafios persistiram. Com a inflação em alta, a insegurança alimentar tornou-se uma realidade para muitos. A guerra na Ucrânia e choques climáticos representaram riscos significativos que poderiam prejudicar o progresso económico alcançado até agora, incluindo a consolidação fiscal. Estas são as principais conclusões do relatório “Actualização Económica de Cabo Verde”, uma visão abrangente da economia de Cabo Verde em 2022, produzido pelo Banco Mundial.
Para apoiar Cabo Verde na consecução do seu objetivo de desenvolvimento de longo prazo de um crescimento económico mais sustentado e inclusivo, o Banco Mundial publicou um Memorando Económico do País (MEP).