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Publicação14 de julho de 2022

Relatório de Pobreza e Equidade no Brasil – Mirando o futuro após duas crises

Relatório Pobreza e Equidade



Em 2020, o Brasil enfrentou rupturas socioeconômicas de proporções históricas. O início da pandemia da COVID-19 quebrou vários recordes indesejáveis ​​no Brasil. Primeiro, a pandemia causou um enorme custo humano direto, adoecendo milhões e causando a morte de mais de 619.000 brasileiros em 2021. Segundo, a economia brasileira experimentou a pior contração na série histórica registrada: o produto interno bruto (PIB) real per capita diminuiu 4,7 por cento em 2020 (em comparação com o recorde anterior de -4,4 por cento em 2015). Terceiro, os fechamentos relacionados à COVID e outras medidas levaram a uma queda da taxa de participação sem precedentes no mercado de trabalho, com cerca de 10 milhões de pessoas deixando a força de trabalho entre o terceiro trimestre de 2019 e o terceiro trimestre de 2020.

A crise induzida pela pandemia é a segunda na história econômica recente do Brasil, após a crise ocorrida entre 2014 e 2016. Essas desacelerações econômicas praticamente interromperam o progresso na redução da pobreza e aumentaram as disparidades naquele que já era um dos países mais desiguais do mundo. O Relatório de Pobreza e Equidade do Brasil adota uma abordagem analítica para estudar a situação da população brasileira ao enfrentar esses choques econômicos. Focalizado no choque gerado pela pandemia, o relatório combina dados de pesquisas domiciliares, dados administrativos e pesquisas telefônicas para: i) analisar como os mais vulneráveis ​​resistiram aos impactos da pandemia e como o apoio do governo proporcionou proteção durante esse período; ii) apresentar um perfil detalhado dos pobres e vulneráveis​, incluindo dados de comunidades tradicionais não publicados antes; iii) compreender as vulnerabilidades não monetárias da população como os riscos aos eventos de mudanças climáticas; e iv) discutir as implicações das políticas públicas que podem ajudar a combater as causas estruturais da pobreza.