WASHINGTON, D.C., 22 de setembro de 2016 – Tal como em muitas outras cidades grandes, Buenos Aires tinha um problema de congestionamento gigantesco. Apesar do sistema sofisticado de transporte público, os usuários costumavam passar horas no tráfego devido ao número elevado de veículos nas ruas. Isso afetava diretamente a vida dos motoristas, reduzia a eficiência da cidade e contribuía para aumentar as taxas de emissões de CO2.
Para enfrentar os desafios do clima e da eficiência, Buenos Aires adotou medidas como a criação do sistema de Transporte Rápido por Ônibus (BRT) e um programa de uso compartilhado de bicicletas. Embora a cidade tenha conseguido realizações monumentais nos últimos anos, ainda resta muito para reduzir a pegada de carbono e atingir as metas climáticas.
Buenos Aires não enfrenta sozinha essas questões. Segundo estimativas, as cidades são responsáveis por mais de 70% das emissões globais de gases causadores de efeito estufa (GHG). Nesse ínterim, a mudança do clima afeta desproporcionalmente as pessoas mais vulneráveis que vivem nas cidades, especialmente no mundo em desenvolvimento. No entanto, as tentativas de muitas cidades para enfrentar a mudança do clima são prejudicadas pela falta de dados abrangentes e escassez de soluções viáveis.
Uma ferramenta baseada em dados para informar a ação climática
Durante a Semana Climática de Nova York, realizada em setembro de 2016, o Banco Mundial, com o Grupo C40 de Cidades, Grupo de Prefeitos e outros parceiros, lançou uma ferramenta de planejamento chamada “CURB: Ação Climática para a Sustentabilidade Urbana”, que pode ajudar a abordar algumas dessas questões.
“A CURB oferece análises adaptadas que podem ajudar as autoridades urbanas a mais facilmente identificar, priorizar e planejar formas econômicas e eficientes para reduzir as emissões”, afirmou Stephen Hammer, gerente de Política Climática do Banco Mundial que dirigiu o desenvolvimento da CURB.
A CURB utiliza dados urbanos específicos para estimar o custo, viabilidade e impacto de uma série de ações climáticas em diferentes cenários. Por meio da CURB, as autoridades urbanas podem:
- Examinar um conjunto de opções inteligentes em matéria de clima, de sistemas de transporte mais eficientes a edifícios readaptados;
- Definir que metas são realistas;
- Simular mudanças tecnológicas e de política para avaliar o melhor curso de ação; e
- Analisar finanças dos projetos, a fim de determinar poupanças e retornos do investimento.